sexta-feira, 5 de outubro de 2012

PRECISA-SE DA TIA ANA

(Nós) nos tornámos dóceis entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos; assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida. 1 Tessalonicenses 2:7 e 8

No início do século vinte, uma turma do curso de Sociologia na Universidade Johns Hopkins fez um estudo entre as crianças do pior bairro de Baltimore. Os estudantes daquela classe visitaram os lares das crianças, anotaram as boas e más influências que as cercavam e tabelaram as suas observações em fichas. Duzentas dessas fichas foram marcadas com a anotação: "Destinado à cadeia". As fichas foram arquivadas para estudos e consultas posteriores.
Vinte e cinco anos mais tarde, outra turma da mesma universidade procurava um outro estudo e encontrou aquelas fichas. Decidiram investigar o que se estava a passar com aquelas pessoas e descobrir o que lhes tinha acontecido. Não foi fácil encontrá-las, mas finalmente localizaram-nas a todas, uma por uma. Ficaram estupefactos com o que descobriram. Só duas daquelas duzentas crianças tinham passado algum tempo na cadeia! Os alunos da segunda turma perguntavam-se como é que os estudantes da primeira turma se tinham enganado tanto.
A razão chamava-se Tia Ana. Esta senhora era uma professora do ensino básico que leccionava nos bairros de lata de Baltimore e revelara interesse pessoal pelos seus alunos. O testemunho daqueles que ela tinha influenciado era: "Não resta dúvida de que o meu destino era a prisão, mas a Tia Ana fazia questão de me colocar na direcção certa, e isso fez toda a diferença."
Quando solicitada a falar do seu sucesso, a Tia Ana respondeu modestamente: "Eu apenas os amava como se fossem meus próprios filhos. Sabe, nunca tive filhos meus; dessa maneira, todos eles eram meus em certo sentido."
Que espírito nobre!
Hoje, quase um século depois desta história, as crianças da América encontram-se em sérias dificuldades. E não apenas as crianças da América; no mundo todo a delinquência entre os menos privilegiados e também entre os abastados está a aumentar. Uma Tia Ana moderna poderia fazer a diferença. Será que Deus está a chamá-lo(a) a si para esse tipo de trabalho? Se estiver, Ele irá encontrá-lo(a) disposto(a) a dar-se por amor a essas crianças?