quinta-feira, 31 de maio de 2012

NOMES INSCRITOS NO CÉU

Não... diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque... (lhe) darei ...dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Isaías 56:3-5

O meu irmão quis sempre ter um filho para ter o seu nome. Infelizmente, isso não aconteceu. Ele teve duas lindas filhas. Quando Gladys, a mulher do meu filho mais velho, teve o seu terceiro bebé, decidiram chamar-lhe Charles - o nome do meu irmão. Eu achei que isso foi muito simpático da parte deles.
Assim, o meu irmão tem agora um 'filho' com o seu nome. Muito mais importante, porém, do que um filho para herdar o nome, é ser filho ou filha de Deus e ter o próprio nome inscrito dentro dos muros da casa do Senhor, como o nosso versículo de hoje sugere. Isso significa mais do que ter o nosso nome registado nos livros de alguma igreja aqui na Terra, por mais importante que isso possa ser, já que ser membro de igreja não garante a nossa entrada no Céu.
Quando os 70 discípulos que Jesus enviou regressaram da sua viagem missionária, regozijando-se porque os próprios demónios se lhes submetiam quando usavam o nome de Jesus (ver Lucas 10:17), Cristo moderou-lhes o entusiasmo dizendo: "Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão arrolados nos Céus." Verso 20.
Isso é que é importante, no final das contas.
Para que os nossos nomes sejam inscritos nos livros do Céu, precisamos de ser adoptados como filhos e filhas de Deus (ver 2 Coríntios 6:17 e 18). Não há nada misterioso ou difícil nessa transacção. Significa simplesmente aceitar a salvação mediante o sacrifício de Cristo e permitir que Ele nos governe a vida.
A oportunidade de sermos adoptados como filhos e filhas de Deus é limitada. Virá um tempo em que "cessará ... para sempre" (Salmo 49:8).
Se nunca aceitou as condições apresentadas por Deus mas deseja fazê-lo ainda, a altura certa é agora. Amanhã poderá ser tarde demais. Tornar-nos filhos adoptivos de Deus é ter o nosso nome inscrito no Céu. É muito mais importante do que ter um filho aqui na Terra.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

LUZ NO VALE

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo. Salmo 23:4

Este versículo, do mais apreciado de todos os salmos, tem sido um consolo para as pessoas que enfrentam a morte iminente - soldados mortalmente feridos, pessoas com uma doença terminal, prisioneiros condenados à execução. Mas a promessa deste versículo não se aplica só àqueles cujos dias estão claramente contados. Ele é para todos os seres humanos, pois, queiramos ou não, todos somos peregrinos na estrada para "aquele desconhecido país de onde nenhum viajante regressa." - William Shakespeare, Hamlet.
O versículo para a nossa meditação fala da "sombra da morte". A sombra é lançada pela luz que incide sobre um objecto. Assim, para o cristão, a sombra no vale da morte é na verdade uma evidência de que Jesus, "a luz do mundo" (João 8:12), não está longe. É maravilhoso, portanto, sabermos que embora não possamos ver o nosso Salvador com os olhos naturais, Ele mesmo assim está perto de nós.
Isso significa que não estamos sós, embora por vezes possamos sentir solidão ao nos arrastarmos pela estrada da vida. Aquele que prometeu: "De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5), "não está longe de cada um de nós." Actos 17:27.
Os sentimentos de solidão não se limitam a si ou a mim. A maioria das pessoas já os experimentou em alguma ocasião da vida. O próprio Jesus experimentou esses sentimentos. Ele sentiu-Se abandonado no Jardim do Getsêmani, quando "os discípulos todos, deixando-O, fugiram". Mateus 26:56. Sentiu-Se mais abandonado ainda na cruz, quando, cercado por trevas, lhe pareceu que até mesmo o Seu Pai 0 tinha abandonado (Mateus 27:46). Mas Deus tinha abandonado 0 Seu Filho? Nunca! Tão pouco Jesus nos abandonará.
O facto de as nuvens ocultarem a luz do Sol não significa que o Sol não esteja a brilhar além das nuvens. Semelhantemente, embora por vezes o Sol da justiça esteja obscurecido pelas nuvens das provações, lembre-se de que além das nuvens o Sol brilha! E nunca se esqueça de que a própria sombra que parece tão pavorosa é, na verdade, a prova de que a Luz do mundo está perto!

terça-feira, 29 de maio de 2012

SALVA POR UM CÂNTICO

Enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais. Efésios 5:18 e 19

Doris Paulson tinha chegado ao fim das suas forças. O filho fora morto no Vietname, o médico tinha-lhe dito recentemente que ela era diabética e, como se não bastasse, o seu casamento estava no fim. Concluindo que não valia a pena viver, ela pegou na caixa de remédios, despejou na sua mão uma 'overdose' de comprimidos e disse a si mesma: "É a última vez que vejo este rosto infeliz."
Nesse momento ela ouviu alguém cantar. O que ela ouviu foi o seguinte:
Deus da minha vida, cujo maravilhoso poder
Tem guiado o meu viver por cenas diversas,
Ou adiando a hora fatal
Ou erguendo a minha cabeça caída.
A letra não poderia ser mais oportuna. Doris reconheceu que a voz era da sua nova vizinha, a Sra. Smith. Embora essa vizinha fosse muito simpática, Doris não sabia quase nada a seu respeito. Mas depois de ouvir as palavras do cântico, decidiu conhecê-la melhor. Colocando os comprimidos no frasco outra vez, dirigiu-a à casa ao lado e tocou à campainha.
- Já vou! - disse animadamente a Sra. Smith, completando a seguir: - Ah, é a senhora? Por favor entre e sente-se. Posso ajudá-la nalguma coisa?
- Pode cantar novamente aquele cântico, aquele que a senhora estava a cantar agora mesmo? - perguntou Doris.
Enquanto a Sra Smith cantava, lágrimas corriam pelo rosto de Doris. Quando o cântico terminou, ela contou à sua vizinha como fora impedida de cometer suicídio.
Esse cântico foi um separador de águas na vida de Doris. As duas senhoras estudaram a Bíblia juntas e, algumas semanas mais tarde, Doris aceitou Jesus como seu Salvador pessoal.
Já pensou que cantar pode ser uma forma poderosa de ajudar, de testemunhar de Deus? No caso de Doris, o cântico salvou uma alma da morte física e, talvez, da morte eterna também.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

BAPTISMO E UM MODO DE VIDA

Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos baptizado em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo baptismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Romanos 6:3 e 4

O baptismo tem sido descrito como um sinal exterior da mudança interior. A mudança interior manifesta-se na "novidade de vida". Infelizmente, nem todos que se baptizam experimentam a transformação interior que deveria preceder esse rito. Essas pessoas continuam a viver depois do baptismo a mesma velha vida de pecado que viveram antes de se baptizar.
Por volta do ano 500 d.C., Clóvis, rei dos francos, obteve a vitória sobre os alemães, depois da qual aceitou o cristianismo e foi baptizado. Após o baptismo ofereceu uma túnica aos seus guerreiros que aceitassem a nova religião. Gregory de Tours diz que 3.000 aceitaram túnicas e foram baptizados. Ao descerem às águas, entretanto, muitos desses homens conservaram a mão direita erguida bem alto. Fizeram isso para que mais tarde pudessem dizer: "Esta mão nunca foi baptizada", e consequentemente pudessem empunhar as suas armas de guerra tão livremente como antes.
Não se pode evitar a curiosidade de saber que tipo de mudança interior esses homens experimentaram. Felizmente, nem todos os candidatos ao baptismo se assemelham a esses guerreiros francos.
Um engenheiro do caminho de ferro canadiano estava para ser imerso nas águas do baptismo quando o pastor notou um volume no bolso da calça do candidato. Perguntou-lhe se se tinha esquecido de tirar a carteira.
- Não - respondeu o candidato. - Eu não me esqueci. Foi de propósito que a deixei no bolso. Quero que ela seja baptizada também.
Interessante!
A mudança interior que precede o baptismo não significa que dali para a frente o candidato não peca mais, do mesmo modo como não se pode dizer que um bebé recém-nascido é um adulto. Significa, sim, que quando nascemos de novo, a nossa vida se volta para a direcção do Céu. Enquanto avançarmos nessa direcção, estaremos a andar "em novidade de vida".

domingo, 27 de maio de 2012

APRENDER PARA ENSINAR AOS OUTROS

Com efeito, quando devíeis ser mestres, ...tendes novamente necessidade de alguém que vos ensine de novo. Hebreus 5:12

Temos um pé de vidoeiro no nosso jardim. Todos os anos, na Primavera, um casal de tordos constrói o ninho nos seus galhos. Alguns dias depois de chocarem os ovinhos azulados, nascem os filhotes que logo se preparam para as suas lições.
Quando os jovens tordos deixam o ninho, já conseguem voar razoavelmente mas em geral precisam de bastante ajuda para encontrar alimento. Os recém emplumados voadores parecem orgulhar-se da sua nova independência, mas os primeiros ensaios de voo são rapidamente seguidos de pios eloquentes que devem significar: "Quero comida! Quero comida!" E os pais inicialmente estão sempre preparados com algum alimento.
Se é um observador de pássaros, provavelmente já viu que os padrões mudam à medida que as aves se tornam adultas. As novinhas aprendem a alimentar-se e finalmente tornam-se pais e mães, e passam então a ensinar os seus filhotes a encontrar comida.
A minha mulher e eu temos observado esse processo de desenvolvimento em muitas oportunidades. Mas já viu alguma vez um pássaro que se tenha esquecido daquilo que aprendeu? Provavelmente não.
Ao contrário das aves, os destinatários da Epístola aos Hebreus tinham-se esquecido daquilo que lhes tinha sido ensinado, e precisavam de aprender tudo de novo. Talvez tivessem regredido ao estado em que gritavam: "Quero comida! Quero comida!"
Já viu membros de igreja queixarem-se por acharem que não estavam a ser espiritualmente alimentados? A minha mulher e eu observámos esse fenómeno na época em que fazíamos trabalho pastoral. É possível, até, que esses indivíduos tivessem uma queixa válida. Sem dúvida nós, como os seus pais espirituais, deixámos de lhes ensinar a maneira de cavar na Palavra de Deus e encontrar sustento espiritual por si próprios. Mas com alguns, parecia ser o caso de desenvolvimento interrompido ou até regressivo, pois nunca os vimos produzir descendência espiritual.
Não deveriam os cristãos chegar ao ponto de, em vez de ser meros consumidores de nutrição espiritual e gritar: "Quero comida! Quero comida!", aprender a procurar por si próprios, produzir filhos espirituais e por sua vez ensiná-los a voar e alimentar-se?

sábado, 26 de maio de 2012

RELACIONANDO-SE COM A MORTE E O SOFRIMENTO

O Senhor... ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens. Lamentações 3:31-33

Há alguns anos, uma criança enviou a seguinte carta para a popular coluna de aconselhamento de Abigail Van Buren:
"Querido Deus: Porque deixaste o meu irmão morrer? Quando ele foi atropelado, a minha mãe orou para que o deixasses viver, mas não deixaste. O meu irmãozinho tinha só dois anos de idade, e não poderia ter pecado tanto para que o castigasses dessa maneira. Toda a gente diz que Tu és bom e que podes fazer qualquer coisa que quiseres. Podias ter livrado o meu maninho, mas deixaste-o morrer. Partiste o coração da minha mãe. Como é que te vou amar?"
A questão da morte e do sofrimento é difícil de ser explicada satisfatoriamente. Em algumas circunstâncias, a resposta é óbvia. O fumador que sofre e morre de cancro do pulmão está a colher os resultados naturais da sua violação das leis da saúde. Todos nós entendemos isso. Mas quando o inocente sofre e morre sem ter cometido falta nenhuma, as respostas não aparecem facilmente.
A morte e o sofrimento nunca fizeram parte do plano original de Deus. São o resultado da desobediência - e não necessariamente da nossa própria transgressão. Por exemplo, um bebé que já nasce com SIDA é um caso de desobediência atribuível aos seus pais. Noutros casos, precisamos de retroceder até aos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Noutros exemplos ainda, precisamos de ir até Lúcifer, o originador do pecado com as suas consequências de sofrimento e morte.
Mas o maravilhoso é que a graça de Deus é suficiente para todas as aflições. Ele pode transformar num bem eterno as coisas ruins que nos acontecem.
Hoje participei da cerimónia de unção de um rapaz que esteve paralisado do pescoço para baixo durante 17 anos, como resultado de um acidente em que conduzia sob a influência do álcool. Aparentemente, Deus não achou bem curá-lo, mas o testemunho do rapaz foi inspirador. Está resignado e submisso à vontade de Deus. Reconhece que aquele acidente foi, talvez, a única maneira que Deus podia ter usado para o salvar. Mas o melhor de tudo é a sua confissão de que a graça de Deus é na verdade suficiente em todas as aflições.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

QUANDO DEUS NÃO CURA

Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! II Reis 13:14

Durante a infância, provavelmente ouviu histórias dos milagres de Eliseu: a ressurreição do filho da sunamita, a cura do leproso Naamã, os olhos abertos do seu servo para ver "o monte... cheio de cavalos e carros de fogo". 2 Reis 6:17. Mas alguma vez soube a razão por que Deus não realizou um milagre quando o prório Eliseu estava velho e doente? Provavelmente não.
No nosso texto, Jeoás, rei de Israel, foi ver Eliseu pela última vez. Tendo herdado um reino praticamente sem cavalaria (2 Reis 13:7), sabia que precisaria de ajuda mais do que humana contra os seus inimigos. Ao entrar no quarto onde Eliseu jazia moribundo, curvou-se sobre o idoso profeta e chorou: "Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros!"
Esse lamento foi uma alusão à libertação angélica em Dotã, quando Deus enviou cavalos e carros de fogo para livrar o Seu profeta dos sírios que tinham cercado a cidade. Jeoás temeu que, quando Eliseu morresse, os anjos que o tinham livrado em Dotã não actuassem mais no sentido de livrar Israel. O que Jeoás deixou de entender foi que os anjos de Deus estão sempre ao lado daqueles que n'Ele põem a sua confiança.
O facto de que Deus não ergueria Eliseu do seu leito, não significava que Ele abandonaria o Seu fiel servo - ou mesmo Israel! Atente para estas confortadoras palavras: "Não foi dado a Eliseu seguir o seu mestre (Elias, para o Céu) num carro de fogo. O Senhor permitiu que ele tivesse uma doença prolongada. Durante as longas horas de sofrimento e fraqueza humana, a sua fé permaneceu posta nas promessas de Deus, e ele sentiu sempre, à sua volta, mensageiros celestiais de conforto e paz." - Profetas e Reis, págs. 263 e 264.
Quão confortadora deve ter sido essa certeza para o moribundo! Que consolo isso poderia ter representado para Jeoás! Que conforto pode significar para nós, quando entendemos que Deus não acha conveniente curar!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

UM OLHO CEGO

Quem é cego como o meu amigo, e cego como o servo do Senhor? Tu vês muitas coisas, mas não as observas. Isaías 42:19 e 20

Horácio Nelson, o herói naval britânico, nasceu em Burnham Thorpe, Inglaterra, no dia 29 de Setembro de 1758, filho de um clérigo anglicano. Ingressou no serviço de Sua Majestade com a idade de 12 anos, e aos 35 perdeu o seu olho direito durante a Batalha de Calvi, na costa noroeste da Córsega. Conquistou a fama seis anos mais tarde, na Batalha de Copenhague, enquanto servia sob o comando do Almirante Parker. No meio da escaramuça, a sinalização de retirada feita por Parker chamou a atenção de Nelson. Sabendo que a vitória estaria próxima se ele pressionasse o ataque, Nelson decidiu desconsiderar a ordem do seu comandante. Erguendo o telescópio à altura do seu olho cego, alegou não ter visto o sinal de Parker. Continuou a atacar e conquistou uma notável vitória para as forças armadas britânicas.
Em questões morais, Nelson não era tão esperto. Ele teria feito melhor, por exemplo, se tivesse permanecido cego para o charme de uma dama, Emma Hamilton, esposa do embaixador britânico em Nápoles. Em 1800, quando o Almirante Keith ordenou que Nelson partisse de Nápoles e fosse para Minorca, ele desobedeceu, alegando que a sua presença era "necessária" naquela cidade por motivos políticos. A verdade, porém, era que Nelson estava encantado com a Sra. Hamilton. Um ano depois, divorciou-se da sua mulher e continuou a sua relação ilícita.
Dizem que o amor é cego. Seria mais apropriado dizer que a concupiscência é cega. A gratificação sexual parece exercer um fascínio hipnótico sobre pessoas que normalmente manifestam bom senso. O amor de origem divina não é cego.
Na história do Israel antigo, Balaão conseguiu seduzir os israelitas através do sexo proibido, nas próprias fronteiras da Terra Prometida (ver Números 25). Nós, que nos encontramos na fronteira da Canaã celestial, enfrentamos a mesma tentação. Todos os dias, em toda a parte, os nossos sentidos são estimulados por imagens e sons que sugerem sexo ilícito. Precisamos de fazer-nos cegos a todas essas influências sedutoras. Mas só conseguiremos fazer isso quando mantivermos os nossos olhos espirituais fixos em Jesus, o Servo de Jeová e nosso grande Exemplo, e nos apoderarmos da Sua força para vencer (ver Isaías 27:5).

quarta-feira, 23 de maio de 2012

LÁGRIMAS CONSERVADAS

Tu conheces bem as perseguições que eu sofri. Contaste e recolheste num jarro todas as minhas lágrimas. Anotaste cada lágrima no Teu livro. Salmo 56:8 (A Bíblia Viva)

Uma das surpresas que encontrei numa viagem que fiz às terras bíblicas foi ver lacrimatórios - pequenos recipientes usados pelos antigos para recolher as lágrimas dos lamentadores. Esses pequenos frascos foram retirados de câmaras mortuárias e colocados em exposição nos grandes museus da Europa e do Médio Oriente. Algumas dessas garrafinhas de lágrimas eram feitas de argila comum, outras de vidro e outras ainda de calcedónia muito cara. Lembro-me especialmente dos lacrimatórios encontrados no sepulcro do faraó Tutancâmon. Ele tinha apenas 18 anos de idade quando morreu, e as lágrimas colocadas nesses frasquinhos eram as da sua jovem viúva - pungentes lembranças do seu sofrimento.
Os lacrimatórios eram usados na Palestina nos dias de David, pois ele menciona-os no versículo de hoje. No cabeçalho do Salmo 56, lê-se que ele é um "hino de David, quando os filisteus o prenderam em Gate". Os eruditos crêem que essa palavra hino, michtam no original, tem o sentido de 'cobrir' e portanto sugere que seja um salmo de expiação. Uma coisa é certa, David necessitava de expiação depois de ter fugido para Gate.
Lembra-se de que David tinha sido ungido rei pelo Senhor. Durante anos, Deus preservara-lhe miraculosamente a vida, protegendo-o dos desígnios assassinos de Saul. Mas agora, ferozmente perseguido pelo seu arquiinimigo, David fraquejou na fé e errou de maneira grave. Primeiro, mentiu a Aimeleque, sacerdote de Nobe, alegando falsamente que estava ao serviço do rei. Segundo, errou ao fugir para o território dos inimigos de Israel - Gate. Finalmente, tendo-se envolvido numa situação muito séria, fingiu insanidade para poder escapar dos filisteus.
David não merecia a misericórdia de Deus; apesar disso, quando ele clamou ao Senhor com arrependimento sincero, Deus livrou-o misericordiosamente. Em reconhecimento por essa graça maravilhosa, David compôs o Salmo 56.
O mesmo ocorre connosco. Quando nos falta fé e caímos, podemos não merecer a misericórdia de Deus; não obstante, quando em arrependimento sincero nos dirigimos a Ele, procurando perdão e forças para vencer, encontramos consolo porque Ele perdoa e porque as nossas lágrimas estão conservadas nos lacrimatórios celestiais.

terça-feira, 22 de maio de 2012

AVANÇAR PELA FÉ

Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Hebreus 11:8

Se quisermos respostas para as nossas orações, devemos andar pela fé, como o fez Abraão, obedecendo àquilo que sabemos ser a vontade do nosso Pai celeste pois "sem fé é impossível agradar a Deus." Hebreus 11:6.
Quando Hudson Taylor, fundador da Missão Chinesa, foi pela primeira vez para o Oriente, ele viajou num barco à vela. Enquanto o barco passava pelas extremidades de algumas ilhas de canibais, houve uma calmaria e o barco começou a ir à deriva, inexoravelmente na direcção da terra. Enquanto ele se aproximava da praia, todos no barco, excepto Taylor, ficaram extremamente apreensivos. Começaram a imaginar os canibais a aquecer os seus caldeirões e a preparar-se para um delicioso banquete.
Sabendo que Taylor era um homem de Deus, o comandante aproximou-se dele e pediu-lhe que orasse por socorro divino.
- Eu vou orar - respondeu Taylor - mas primeiro o senhor deve içar as velas.
O comandante hesitou. Temia que a oração não fosse atendida e que depois se rissem dele.
- Não poderia orar primeiro? - suplicou ele.
- Não posso orar enquanto o senhor não erguer as velas - replicou Taylor.
As velas foram içadas e Taylor começou a orar na sua cabine. Enquanto ainda se encontrava de joelhos, ouviu uma batida insistente na sua porta. Perguntou:
- Quem está aí? - e o comandante respondeu com uma pergunta:
- O senhor ainda está a orar por vento?
Quando Taylor disse que sim, o comandante pediu-lhe que parasse de orar, explicando:
- Já temos mais vento do que é necessário.
Já se perguntou qual é a diferença entre ser presunçoso e avançar pela fé? Reflicta sobre isto: George Müller, que recebeu muitas respostas às suas orações, disse que o segredo é perguntar primeiro: "Isto é uma obra para Deus?" Se a resposta é afirmativa, a pergunta seguinte é: "É dessa maneira que Deus quer?" E finalmente: "Está na hora de o Senhor intervir?"
Abraão, Taylor e Müller aprenderam o segredo da oração vitoriosa. É nosso privilégio conhecê-lo também.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PORQUÊ EU, SENHOR?

Porque se concede luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo? Job 3:20

No dia 26 de Outubro de 1981, dois assassinos arrombaram uma casa em Conroe, Estado do Texas, Estados Unidos, e dispararam a arma contra Craig Weicht, a sua esposa e a filha de 8 anos de idade, Karen, deixando-os praticamente mortos. A Sra. Weicht sobreviveu, mas ficou a sofrer a agonia emocional de perder os seus entes mais queridos.
Num momento de desespero, ela agitou o punho cerrado para o céu e gritou: "Deus, porque permitiste que eles matassem o meu marido e a minha filhinha? Tiraste-me tudo o que eu amava - a minha própria vida!"
Depois desse desabafo, Deus falou-lhe com uma voz muito suave, que parecia dizer: "Quando aqueles assassinos tiraram a vida dos teus queridos, tu não tiveste poder para os impedir. Mas quando os assassinos tiraram a vida do Meu Filho, Eu tinha poder para os impedir, mas não o fiz porque Eu te amava." (Ver João 3:16 e Romanos 8:32).
Quando ela pensou nas implicações daquelas palavras, exclamou: "Oh, Deus, perdoa-me!"
Foi assim que uma cristã reagiu à perda dos seus queridos. E aqui está o modo como outro cristão reagiu:
Eric Barker, missionário britânico que passou mais de 50 anos em Portugal e ali se encontrava quando a Segunda Guerra Mundial começou, decidiu repatriar a sua esposa e oito filhos. Barker ficou para deixar em ordem alguns trabalhos importantes da Missão antes de se ir embora. No Domingo seguinte, momentos antes de ele subir ao púlpito para pregar, alguém lhe passou um telegrama com a terrível notícia de que o navio no qual a sua família viajava se tinha afundado e todos a bordo tinham morrido.
Sem mencionar a tragédia, Barker anunciou simplesmente: "Acabo de receber a notícia de que os meus queridos chegaram ao Lar em segurança" - e pregou o sermão sem verter uma lágrima. Só mais tarde a congregação ficou a saber da terrível perda que Barker sofrera. Ele baseou o anúncio na sua interpretação de II Coríntios 5:8.
O "Deus de toda a consolação" entende, por experiência pessoal, a aflição pela qual passamos ao perder um ente querido, e por entendê-la é capaz de nos confortar em todas as nossas tribulações. Ao sermos consolados por Ele nas nossas trágicas perdas, nós também poderemos "consolar os que estiverem em qualquer angústia." 2 Coríntios 1:3 e 4.

domingo, 20 de maio de 2012

COMO SENTIR-SE EM PAZ

Tu, Senhor conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor, perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna. Isaías 26:3 e 4

Uma das primeiras coisas que o rei Carlos II fez quando subiu ao trono de Inglaterra em 1660 foi prender Archibald Campbell, oitavo Conde de Argyll, por ter colaborado com a Comunidade de Oliver Cromwell. O rei mandou condenar o conde à morte, e a sua execução foi marcada para o dia 27 de Maio de 1661.
Um quadro pintado por E. M. Ward, pendurado numa parede da Câmara dos Comuns, tem a seguinte legenda: "O Último Sono de Argyll Antes da sua Execução." Retrata o conde, um cristão devoto, vestido de preto, a dormir pacificamente sobre um catre rústico a um canto da sua cela. O Conselho Privado, que o conduziria ao patíbulo, tem roupas vermelhas e está parado junto à porta da cela do condenado. Os semblantes perturbados e apavorados dos membros do Conselho contrastam vividamente com a expressão pacífica do rosto do conde.
Um historiador da época registou que "no próprio dia em que seria morto, ...(o conde) almoçou com apetite, conversou alegremente à mesa e, após a sua última refeição, como de costume, deitou-se para dormitar um pouco, a fim de que o seu corpo e mente mostrassem bom aspecto no momento de subir ao cadafalso."
Quantos de nós conseguiríamos dormir, e ainda mais, dormir tranquilamente, se soubéssemos que seríamos executados dentro de algumas horas? No entanto ali estava um homem que tinha vivido tão perto de Deus, que podia dormir em perfeita paz enquanto esperava a morte.
Parece incrível que enfrentar a vida possa às vezes ser mais difícil do que enfrentar a morte. Mas o mesmo Deus que deu ao conde, ao apóstolo Pedro (ver Actos 12:1-6) e a incontáveis mártires a força de espírito para enfrentar a morte, oferece-lhe a si e a mim a "perfeita paz" para enfrentar a vida. Portanto, seja o que for que vier pela frente, Deus garante que podemos desfrutar essa serenidade.
O segredo para ter essa paz está em conservar a nossa mente "firme" em Deus. Eu gosto do modo como a Bíblia Viva apresenta Isaías 26:3: "O Senhor dará uma paz perfeita a todos os que confiam n'Ele; aos que concentram os seus pensamentos n'Ele!" (itálico acrescentado).
Concentre os seus pensamentos frequentemente no Senhor hoje e experimente essa paz "que excede todo o entendimento"! (Filipenses 4:7)

sábado, 19 de maio de 2012

AS PALAVRAS MAIS TRISTES DA FALA OU DA ESCRITA

Agripa dirigiu-se a Paulo e disse: Por pouco me persuades a fazer-me cristão. Actos 26:28

A maioria das traduções do Novo Testamento sugere que Agripa estava a dizer algo mais ou menos assim: "Achas que num período tão curto de tempo - vais persuadir-me a ser cristão?" ou ainda: "Pensas que não vais precisar de muito tempo para me convenceres e fazeres de mim um cristão?" Outras traduções, no entretanto, discordam. Sem tentarmos resolver o problema, permanece o facto de que alguns quase se entregam a Cristo, mas depois desistem.
Durante a Primeira Guerra Mundial, as forças navais britânicas e francesas receberam a tarefa de abrir os Dardanelos para possibilitar que os Aliados obtivessem o cereal necessário e ao mesmo tempo entregassem as armas e munições aos seus aliados russos. Depois de lutar e sofrer perdas moderadas, mas não excessivas, os Aliados chegaram ao principal forte turco e envolveram-se num duelo de artilharia com ele.
Mas no dia 19 de Maio de 1917 retrocederam e, embora a campanha Gallipoli se arrastasse por mais um ano, acabou numa humilhante retirada dos Aliados.
Depois da guerra os Aliados souberam que, na ocasião da sua retirada, o forte turco estava a ponto de render-se. O seu armamento estava reduzido a menos de 30 bombas. Se o ataque tivesse continuado no dia seguinte, o forte teria caído e a guerra teria tomado um rumo completamente diferente.
Hebreus 10:38 fala-nos daqueles que, em vez de prosseguirem no ataque da guerra espiritual até obterem a vitória, retiram-se e perdem-se.
Paradoxalmente, a vitória nessa guerra significa rendição - uma rendição total do eu a Cristo. É trágico o facto de que muitos cristãos professos irão perder-se porque deixaram de continuar a atacar até à vitória final. Nesta guerra, quase, mas não completamente salvo significa estar quase, mas completamente perdido.
Fico feliz porque o seguinte versículo de Hebreus 10:39, termina com um tom positivo. O texto prossegue assim: "Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma." Que tenhamos essa experiência na guerra espiritual em que estamos envolvidos

sexta-feira, 18 de maio de 2012

MAIS VALIOSO QUE MUITOS PARDAIS

Nem um pardal (Quanto custam eles? Dois por um centavo?) pode cair ao chão sem que o Pai de vocês saiba disso. ... Portanto, não se preocupem! Vocês valem mais para Ele do que muitos pardais. Mateus 10:29 e 30 (A Bíblia Viva)

James H. McConkey, escritor de ilustrações para sermões, conta como certo dia ele estava no terraço de um hotel, a apreciar as belezas da Natureza, quando a sua atenção foi despertada por um alvoroço de pardais que passavam voando. De repente, ele ouviu um baque surdo. No momento seguinte, a menos de três metros de distância, caía ao chão, de costas, um passarinho. Esperneou freneticamente durante alguns instantes, parecendo que apelava para o Céu. Houve um estremecimento convulsivo, como se a pequenina criatura estivesse a sentir dor. E nada mais.
McConkey foi lá e examinou o pequeno pardal. Uma ou duas gotas de sangue no seu peitinho contaram a história. Aparentemente, ele tinha batido num vidro durante o voo. Tudo indicava, conta McConkey, que ninguém mais além presenciara a morte da avezinha. Naquele instante, ocorreu-lhe este pensamento:
Nenhum pardal cai ao chão sem que o Pai celestial o perceba, e nós temos mais valor do que muitos pardais. É bem verdade!
A palavra do nosso texto traduzida como "centavo" pela Bíblia Viva é assarion. Uma pequena moeda de cobre que valia uns dezasseis avos de um denário romano - uma das mais pequenas moedas em circulação nos dias de Cristo. Dois pardais valiam uma dessas moedinhas. No registo de Lucas, cinco pardais eram vendidos por duas moedas dessas. Alguns podem fazer tempestade num copo d'água por causa de uma aparente discrepância das Escrituras. Outros insistem que essas duas declarações foram feitas em ocasiões diferentes, e que no caso de Lucas, Jesus estava simplesmente a salientar a ausência de valor dessas pequenas aves, porque ao comprar quatro, a pessoa recebia mais uma de brinde - e quem interpreta assim pode estar certo.
O que nos dá valor não é o que pensamos sobre nós mesmos, ou o que os outros pensam que valemos, mas sim a avaliação que Deus faz de nós. E Ele valorizou-nos tanto, que deu o Seu Filho Unigénito para morrer em nosso lugar (ver João 3:16).

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A DESCOBERTA MAIS IMPORTANTE

Para vós outros, portanto, os que credes, (Jesus) é a preciosidade; mas para os descrentes, ...pedra de tropeço e rocha de ofensa. I Pedro 2:7 e 8

Em 1847, James Y. Simpson, médico em Edimburgo, Escócia, descobriu que o clorofórmio podia ser usado como anestésico. Essa descoberta fez com que as pessoas pudessem submeter-se a cirurgias que de outra forma seriam extremamente dolorosas. Embora já não se use o clorofórmio, naquela ocasião foi considerado uma grande descoberta; alguns alegam inclusive que foi uma das descobertas mais importantes na história médica. O Dr. Simpson também fez outras descobertas menos importantes.
Alguns anos mais tarde, enquanto o Dr. Simpson dava uma aula aos jovens estudantes de Medicina da Universidade de Edimburgo, um deles perguntou:
- O que é que o senhor considera como a sua descoberta mais importante?
- A descoberta mais importante que fiz - respondeu Simpson pensativamente - foi quando descobri que eu era um pecador e Jesus Cristo era o meu Salvador.
É triste, mas real, o facto de que um grande número de pessoas passa pela vida sem nunca ter feito essa dupla descoberta. Muitos de nós, na verdade, descobrimos a primeira parte bem cedo na vida, mas muita gente nunca descobre a segunda parte.
Isso é aparentemente verdade até mesmo entre alguns cristãos. E não acontece porque Deus esteja distante ou seja inacessível, pois temos a garantia de que Ele não está longe de cada um de nós (ver Actos 17:27), mas porque Ele nunca nos impõe o Seu amor.
Quando eu era um jovem imaturo, achei que estava apaixonado por uma miúda e tentei a 'abordagem directa'. Disse-lhe logo no primeiro encontro que a amava. Ela, felizmente, possuía mais bom senso do que eu. E hoje, é lógico, estou contente por a minha táctica não ter funcionado.
Deus atrai-nos indirectamente através do estudo da vida do Seu Filho e do testemunho daqueles que já experimentaram a salvação. Ele deixa-nos livres para retribuir ou não o Seu amor.
A mais importante descoberta que podemos fazer não é apenas que nós somos pecadores, mas que Jesus é um Salvador maravilhoso.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"E SE" OU "NÃO OBSTANTE"

Eu disse na minha pressa: Estou excluído da Tua presença. Não obstante, ouviste a minha súplice voz, quando clamei por Teu socorro. Salmo 31:22

Marion Bond West sentiu-se arrasada quando os médicos lhe contaram que Jerry, o seu marido de 47 anos de idade, estava com um tumor maligno no cerébro. Mil perguntas lhe surgiram na mente, todas elas começadas com "E se...?" E se os médicos não conseguirem remover todo o tumor? E se ele morrer? O futuro parecia negro e sem esperanças.
Então, no dia 11 de Maio de 1983, sete meses após ter recebido a terrível notícia, Marion conduzia de regresso a casa, depois de ter visitado Jerry no hospital, quando algo dramático aconteceu. Ela orava enquanto guiava. Sem mais nem menos, uma expressão começou a aparecer com insistência na sua mente: "Não obstante". Ela sabia que era uma expressão bíblica, mas por instantes não teve ideia da mensagem que Deus tinha para ela com essa expressão. E então surgiu o pensamento. Ali estava ela sozinha no carro; não obstante Deus estava com ela. Olhando pela janela na direcção do pôr do sol, Marion murmurou: "Muito obrigada."
Não, Jeny não ficou bom. Apesar das orações fervorosas pela sua cura, Deus não achou conveniente restaurar-lhe a saúde. Com efeito, dois meses e meio mais tarde Jerry faleceu. Marion ficou sozinha - não obstante, Deus susteve-a. Ele susteve-a não só naquela ocasião, mas também durante os dias seguintes. Não obstante ela enfrentasse novos problemas e situações desconcertantes sem Jerry, Deus ajudou-a a resistir, e para ela tornou-se mais fácil lidar com as perguntas que começavam com "E se...?"
Marion descobriu que a expressão 'não obstante' ou equivalente ocorre mais de 90 vezes na Bíblia e é sempre usada com tremendo poder. Uma dessas ocorrências encontra-se em Lucas 5:5. Recorda-se que os discípulos tinham pescado a noite inteira sem conseguir nada. Agora era dia claro, a pior parte do dia para pescar, mas Jesus insistiu para que lançassem a rede e Pedro respondeu: "Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhámos, mas (não obstante) sobre a Tua palavra lançarei as redes." Conhece o fim da história!
Quando tudo parece ameaçador e destituído de esperança, não se demore a perguntar "e se...?", mas procure o "não obstante" da fé.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O MINISTÉRIO DAS FLORES

E por que ficar preocupados com a roupa? Olhem os lírios do campo! Eles não se preocupam com isto. Até o rei Salomão em toda a sua glória, não se vestiu tão bem como qualquer deles. E se Deus cuida tão maravilhosamente das flores, que hoje estão aqui e amanhã já desapareceram, será que Ele não vai, com toda a certeza, cuidar de vocês? Mateus 6:28-30 (A Bíblia Viva)

Uma das lembranças mais agradáveis que tenho da minha infância é a de sair para o campo para um piquenique em família. Enquanto a minha mãe preparava um delicioso lanche, o meu pai levava-nos a um campinho próximo para apanharmos flores silvestres. Quando encontrávamos uma, ele abria a sua carteira, tirava uma pequenina lente de aumento e colocava-a em cima da flor para que nos maravilhássemos com a sua beleza.
Enquanto escrevo, abrem-se botões de flores por toda a parte. Em resposta aos geniais raios do sol que neste momento espreitam sobre as montanhas a leste, as flores estão gradualmente a abrir as suas graciosas pétalas. Os esforços humanos para as abrir, por mais cuidadosos que fossem, só as estragariam. Apenas a mão do Criador pode realizar esse milagre e aumentar a beleza do botão entreaberto. As lindas flores são o resultado das belas imagens idealizadas pelo Jardineiro-Mestre.
Em certo sentido, nós somos flores plantadas no jardim do Senhor, e é nosso privilégio responder aos vivificantes raios do Sol da Justiça. Sem o auxílio do bondoso Deus, todos os esforços da nossa parte para nos melhorar a nós mesmos resultariam apenas em ruína. Só a mão que nos criou pode revelar em nós a beleza da santidade.
"Deus ama o belo, mas o que Ele mais ama é a beleza de carácter... que não perecerá, mas permanecerá através dos incessantes séculos da eternidade. O grande Artista, o Artista-Mestre, teve pensamentos para os lírios, fazendo-os tão bonitos que ultrapassam a glória de Salomão. Quanto mais cuida Ele do homem, a imagem e glória divinas! Deseja ver os Seus filhos revelarem um carácter à Sua semelhança. Como a luz solar comunica às flores os seus múltiplos e delicados matizes, assim transmite Ele à alma a beleza do Seu próprio carácter." - Minha Consagração Hoje, pág. 270.
Que você e eu possamos experimentar essa transformação.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

RENOVAÇÃO DIÁRIA

Por isso não desanimamos: pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda a compararão. 2 Coríntios 4:16 e 17

Num dos seus livros, Kagawa Toyohiko, um conhecido cristão japonês, conta a emocionante história de um dos seus compatriotas que foi acometido por uma doença da pele, parecida com o pênfigo, que o estava a consumir lentamente. A ciência médica só tinha um paliativo, uma solução química que aliviava mas não curava o mal. Para que o tratamento fosse eficaz, o corpo desse homem precisava de ser mergulhado (com excepção da cabeça, naturalmente) naquela solução. Com o estoicismo típico dos japoneses, o sofredor entrou numa banheira cheia daquela solução. E ali permaneceu, excepto por breves períodos, durante sete longos anos!
Enquanto os dias se arrastavam, um raio de luz penetrou na mente sofrida daquele homem - a história do evangelho. Ele abriu a sua alma à mensagem, e uma onda de esperança e poder inundou-lhe a consciência. A seu pedido foi colocado, ao nível dos seus olhos, um Novo Testamento, para que ele pudesse ler. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, ele bebeu as palavras de vida daquele Livro. Quase se esqueceu da dor que lhe torturava o corpo; em seu lugar, sentiu uma paz duradoura. À medida que as suas forças aumentavam, ampliava-se a sua vida espiritual. Aquela banheira tornou-se uma espécie de altar sagrado.
Não sei se a ciência médica já encontrou a cura para essa doença específica. Mas hoje há outras aflições incuráveis que são igualmente terríveis, ou talvez mais ainda.
O mundo não é mais do que um centro de corrupção, sempre a abrir espaço para mais vítimas. A situação, porém, não é desesperadora. Não importa quão lenta ou rapidamente os nossos corpos físicos se estejam a degenerar, podemos renovar a nossa natureza espiritual dia após dia mediante o estudo da Palavra - e aguardar o dia em que teremos corpos novos e imortais (ver Romanos 8:23).

domingo, 13 de maio de 2012

O MELHOR REMÉDIO PARA A SAÚDE MENTAL

O jejum que Eu quero ver é o seguinte: ...que vocês repartam comida com os famintos, ofereçam abrigo a quem não tem casa, dêem roupas aos que estão nus e não se escondam de quem precisa de ajuda. Se vocês fizerem isso, Deus lhes dará uma luz mais brilhante que o sol. Ele vai curar todos vocês num instante! Isaías 58:6-8 (A Bíblia Viva).

Muitos problemas psicológicos manifestam-se por excesso de alimento (obesidade), por anorexia; outros, por tiques nervosos e outros ainda por colapsos cardíacos.
O Dr. Karl A. Menninger, psiquiatra famoso e fundador do mundialmente conhecido Hospital dos Veteranos em Topeka, Estado do Kansas, Estados Unidos, proferiu há algum tempo uma palestra sobre saúde mental. Durante o período dedicado a perguntas, alguém perguntou:
- O que aconselha a uma pessoa que está a ponto de ter um colapso cardíaco de origem nervosa?
Muitos esperavam que o Dr. Menninger respondesse: "Que consulte um bom psiquiatra."
Mas para surpresa do seu auditório, ele respondeu:
- Feche a porta da sua casa, atravesse os carris do caminho de ferro, vá à procura de alguém que esteja a passar por dificuldades e faça alguma coisa para ajudar essa pessoa.
A expressão 'atravessar os carris do caminho de ferro'ou 'outro lado dos carris' vem da metade do século dezanove nos Estados Unidos, quando as empresas ferroviárias da América do Norte estavam a construir as grandes linhas que atravessam aquele continente. Enquanto avançavam pelo interior, era comum surgirem cidades aqui e ali, ao longo dos carris. Os membros mais abastados da comunidade geralmente moravam de um lado do caminho de ferro, enquanto os menos afortunados moravam do outro lado.
Está deprimido? Parece que tudo é escuro e sombrio? Gostaria que o favor de Deus brilhasse sobre o seu rosto como o sol da manhã? Então vá 'para o outro lado dos carris'. Observe, investigue se for o caso, mas procure alguém que tenha necessidades maiores e então ajude essa pessoa.
Pode acontecer que a maior necessidade de uma pessoa não seja o alimento, o abrigo ou o vestuário. Pode ser que a necessidade maior seja de amizade. Mostrar a essa pessoa o amor e o interesse cristão não a vai ajudar apenas a ela, vai ajudá-lo a si também; pois ao fazer isso, você vai descobrir que "nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas." Malaquias 4:2

sábado, 12 de maio de 2012

RECONCILIADOS - QUASE TARDE DEMAIS

Eis que Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais. Malaquias 4:5 e 6

Sue Kidd, enfermeira num hospital da Carolina do Sul, escreveu há algum tempo uma comovente história para a revista Guideposts. Ela tinha acabado de verificar os sinais vitais de um tal Sr. Williams, que tivera um ataque cardíaco algumas horas antes. Todas as indicações pareciam boas. Quando ela saía do quarto, o doente pediu-lhe que chamasse Janie, a sua filha única. Ela prometeu que chamaria. Ele também pediu um pedaço de papel e lápis, que Sue colocou sobre a mesinha ao lado da cama.
Quando Sue conseguiu localizar Janie e contar-lhe o que se passou com o pai, ouviu um grito:
- Não! Não pode ser! Ele não está a morrer, pois não?
Sue garantiu-lhe que não, mas sugeriu que Janie o visitasse rapidamente.
- Vou já - prometeu Janie. Depois, antes de desligar o telefone, confessou: - O meu pai e eu não nos falamos há quase um ano. Tivemos uma grande discussão por causa do meu namorado e eu saí a correr de casa, dizendo: "Odeio-o!" Já quis pedir perdão, mas ... - E desligou.
Quando Sue voltou para examinar o Sr. Williams, ele já não respirava. Todos os esforços para o reanimar foram inúteis. Quando Janie chegou e soube da terrível notícia, ficou inconsolável.
- Eu nunca o odiei - soluçou ela. Insistiu para que Sue a levasse ao quarto do pai. Vendo aquele corpo sem vida, desfez-se em lágrimas com o rosto enterrado no lençol.
Nesse momento, Sue viu o pedaço de papel que o Sr. Williams lhe tinha pedido. Ele escrevera a seguinte mensagem: "Minha querida Janie, eu perdoo-te. Também oro para que me perdoes. Sei que me amas e eu também te amo. O teu pai." Ela entregou o bilhete a Janie, que o leu repetidas vezes, exclamando baixinho enquanto lia: "Graças a Deus!"
É maravilhoso ver o coração de um pai ser "convertido" ao seu filho, e vice-versa, mas muito mais maravilhoso teria sido se a reconciliação tivesse ocorrido enquanto o Sr. Williams ainda estava vivo!
Talvez haja uma lição aqui para nós.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SERVIÇO ABNEGADO

Na cidade de Jope havia uma mulher chamada Dorcas..., uma crente que estava sempre fazendo coisas bondosas pelos outros, especialmente pelos pobres. Actos 9:36 (A Bíblia Viva)

Geralmente, as mulheres têm uma forma de lidar com a doença e o infortúnio diferente da dos homens. Na adolescência, Florence Nightingale, a fundadora da enfermagem moderna, creu que tinha ouvido a voz de Deus chamá-la para o serviço. Quando os pais dela souberam da sua decisão de ser enfermeira, opuseram-se com firmeza. Ela era bonita e inteligente, e a mãe fazia planos de um belo casamento para a filha. Um dos pretendentes, Richard Monckton Milnes, mais tarde um lorde inglês, propôs-lhe casamento muitas vezes, mas ela recusou sempre.
Em 1851, quando Florence tinha 30 anos, os seus pais finalmente permitiram-lhe que fosse para Kaiserwerth, na Alemanha, a fim de adquirir experiência de enfermagem. Em 1854 ela teve a oportunidade de praticar o que aprendera, quando a Grã-Bretanha se envolveu na Guerra da Crimeia. Sidney Herbert, secretário da guerra no gabinete britânico, convidou-a para ir à Crimeia cuidar dos feridos. Ela aceitou e embarcou num navio com outras 38 enfermeiras.
Quando chegou a Scurati (do outro lado de Constantinopla, hoje Istambul), Florence encontrou centenas de feridos sem cuidados, que tinham acabado de chegar da Batalha de Balaclava. Muitos deles eram membros da unidade que ficou famosa por causa do poema de Lorde Alfred Tennyson.
Alguns oficiais do governo opuseram-se aos esforços de Nightingale em favor dos soldados, alegando que ela estava "a dar mimo a brutos", mas ela continuou com a sua obra de misericórdia. Entre os feridos, era conhecida como a "dama da lanterna", devido ao seu costume de caminhar pelas enfermarias com uma lanterna na mão.
Quando a guerra terminou em 1857 e Florence regressou a Inglaterra, recebeu imensas homenagens, mas deixou-as todas de lado e dedicou os seus restantes anos de actividade ao serviço em favor dos outros, aposentando-se depois, completamente ignorada. Em 1907, quando lhe foi concedida a Ordem do Mérito, a notícia apareceu como uma surpresa para a maioria das pessoas. Achavam que ela já tinha morrido há meio século.
Deus pode não o ter chamado a si ou a mim para a profissao da enfermagem, mas Ele chama todos os cristãos para prestarem um serviço desinteressado, de uma forma ou de outra.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

FIRMEZA NAS CONVICÇÕES

Pedro e os demais apóstolos afirmaram: antes obedecer a Deus do que aos homens. Actos 5:29

Muito cedo na vida, Thomas Ken (1637-1711) ficou órfão e foi criado por Izaak Walton, casado com a sua irmã adoptiva e que ficou famoso como autor da obra The Compleat Angler. De pequena estatura mas possuidor de um espírito destemido que compensava o seu tamanho, Ken foi internado no Colégio Winchester quando tinha 14 anos de idade; mais tarde, frequentou a Universidade de Oxford. Depois de se formar, voltou para Winchester, onde se tornou capelão do bispo anglicano.
Quando Carlos II subiu ao trono, ficou impressionado com "o pequeno Ken que denuncia as minhas faltas" e escolheu-o para capelão da realeza. Numa das suas visitas a Winchester, o rei escolheu o presbitério de Ken para morar com a sua amante, Nell Gwyn.
Mas Ken simplesmente não admitiu tal coisa, mesmo que isso significasse incorrer no desagrado do seu real benfeitor. E disse-lhe: "Uma mulher de má reputação não pode ser tolerada na casa de um clérigo, muito menos na casa do capelão do rei. ...Nem mesmo em troca do reino eu cumpriria esta ordem real." Isto exigiu coragem!
Com o objectivo de impossibilitar o cumprimento do pedido do rei, Ken mandou tirar o telhado da sua casa para consertar. Naquele tempo, desagradar a um rei podia significar a perda da vida, mas Ken estava mais preocupado com a possibilidade de desagradar ao Rei celestial do que de contrariar um monarca terrestre. Em vez de desagradar ao Rei Carlos, a posição corajosa de Ken conquistou a admiração do soberano. Algum tempo depois, quando o rei estava a ser solicitado para designar este ou aquele religioso como Bispo de Bath, Carlos pôs de lado todos os argumentos dizendo: "Quem deve ser Bispo de Bath e Wells, senão o pequeno Ken, que nem sequer quis abrigar a pobre Nelly?"
"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exacto; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é recto, ainda que caiam os Céus." - Educação, pág. 57.
O mundo necessita de mais homens e mulheres com a força de carácter demonstrada pelo 'pequeno' Ken.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

RECOMPENSA

Porque se vocês derem receberão! Suas dádivas voltarão a vocês em medida cheia, e transbordante, apertada, sacudida, para dar lugar a mais um pouco, até derramar. A medida que vocês usarem para dar - grande ou pequena - será usada para medir o que lhes derem de volta. Lucas 6:38 (A Bíblia Viva).

Os alunos que precisavam de trabalhar para pagar os seus estudos na Universidade Stanford, na Califórnia, estavam a ter dificuldades para conseguir o dinheiro. Então um deles teve uma ideia brilhante. Porque não convocar Ignaz Paderewski, o famoso pianista polonês, para dar um recital de piano? Com o dinheiro que conseguissem, poderiam pagar as suas dívidas na universidade. O rapaz procurou o empresário de Paderewski, fez-lhe a proposta, e este concordou, com a condição de que os estudantes garantissem dois mil dólares para Paderewski.
O jovem estava certo de que conseguiriam facilmente arrecadar mais do que essa quantia, e tomou as providências relacionadas com a organização do concerto. Mas quando se fizeram as contas, viu-se que a importância recebida era de 1.600 dólares. Dirigindo-se ao grande pianista, muito constrangido, o jovem entregou-lhe os 1.600 dólares e uma folha em que os jovens se comprometiam a pagar os 400 dólares o mais rápido possível!
- Não, rapazes - disse Paderewski. - Isso não vai funcionar.
Rasgando a folha, ele devolveu o dinheiro aos estudantes e disse:
- Subtraiam dos 1.600 dólares todas as despesas que tiveram, fique cada um com 10% do saldo pelos seus esforços, e dêem-me o que sobrar.
Os rapazes não podiam crer no que ouviam.
Os anos passaram-se. No fim da Primeira Guerra Mundial, Paderewski, agora primeiro-ministro da Polónia, viu-se na situação de precisar de alimentar milhões dos seus compatriotas famintos. Ele apelou a Herbert C. Hoover, que na época era o encarregado do serviço filantrópico da América, e em pouco tempo toneladas de alimentos começaram a chegar para abastecer a população faminta da Polónia. Pouco depois, Paderewski viajou a Paris, para expressar gratidão ao seu benfeitor.
- Sempre às ordens, Sr. Paderewski - respondeu Hoover. - Talvez não se lembre de mim, mas o senhor ajudou-me quando eu era um estudante pobre na Universidade Stanford.
Sim, a bondade vale a pena. Mas em alguns casos teremos de esperar, para receber a recompensa por ocasião da ressurreição dos justos.

terça-feira, 8 de maio de 2012

BEM AVENTURADA INSTITUIÇÃO

Para que saibais como convém andar na casa de Deus, ...a coluna e firmeza da verdade. 1 Timóteo 3:15

Num sentido amplo, a igreja é uma comunidade de pessoas chamadas por Deus para reflectir a Sua glória e proclamar a Sua mensagem a todos os povos.
Essa corporação tem, nas Escrituras, muitos nomes. No Velho Testamento, chama-se "a congregação" (Êxodo 12:3), "a assembleia dos santos" (Salmos 89:7), "a assembleia dos justos" (Salmo 111:1), "a Minha herança" (Joel 3:2), etc.
No Novo Testamento encontramos outros nomes: "O corpo de Cristo" (Efésios 11:22, 23), a "universal assembleia e igreja dos primogénitos" (Hebreus 12:23), "a coluna e firmeza da verdade" (I Timóteo 3:15), etc.
Mas, além dos títulos mencionados, o Novo Testamento salienta a mui conhecida metáfora na qual Cristo é apresentado como a cabeça da igreja que Ele tanto amou que por ela deu a própria vida.
Estes inúmeros títulos e as várias metáforas empregadas na Palavra para ilustrar a sua natureza, levam-nos a formular a pergunta: Pode alguém pretender ser filho de Deus, sem ser membro activo da igreja aqui neste mundo?
Certo dia um crente, que hoje é uma coluna da igreja, foi ter com o seu pastor e pediu-lhe que riscasse o seu nome da lista de membros, pois não se julgava digno de ser chamado cristão. Surpreendido, o pastor perguntou-lhe:
- Mas, o que foi que aconteceu, para você tomar tão drástica decisão?
- Bem, - respondeu o interpelado - é o seguinte: Ontem à tarde tive uma séria divergência com um indivíduo. A discussão exacerbou-se a ponto de me encolerizar e quase lhe dei uma bofetada. Penso que com este temperamento, não devo continuar como membro.
- Mas, o que foi que o impediu de esbofeteá-lo quando se sentiu tão irritado? - perguntou o pastor.
- Bem, o facto de ser membro da igreja restringiu a minha liberdade. Acudiu- -me o pensamento de que um membro da igreja não deve usar assim o recurso da força.
- Excelente! - exclamou o pastor. - Então valeu-lhe algo ser membro da igreja. Impediu-o de valer-se da violência. E apesar disso você quer deixar a igreja?
- Compreendo o que quer dizer - volveu o crente. - Deixe o meu nome ficar na lista, por favor.
E assim, continuou no livro da igreja o nome do famoso naturalista Jack Miner, da cidade de Ontário, Canadá.
Graças a Deus pela instituição que nos guarda de praticar o mal!

Enoch de Oliveira in Cada Dia com Deus

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O SIGNIFICADO DE EMPATIA

Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. Hebreus 2:18

Diz-se que uma pessoa que desfrutou sempre de boa saúde tem dificuldade em sentir empatia em relação a alguém que está a sofrer fisicamente. Soube do caso de uma enfermeira, obviamente com excelente saúde, que disse a um doente que estava a gemer alto depois de uma cirurgia, que ele fizesse o favor de ficar calado, porque estava a perturbar toda aquela ala. Um outro doente, que ouviu a enfermeira falar, perguntou-lhe se ela já tinha sido operada.
- Não - respondeu secamente a enfermeira, e virou-se para sair.
- Bem - sugeriu o doente - acho que está a precisar de passar por uma cirurgia. Talvez depois consiga entender.
Embora o sofrimento físico seja o tipo mais normal de dor, não é o único. O sofrimento psicológico e espiritual parece igualmente doloroso, talvez até mais. Empatia significa entrar mentalmente na experiência de um sofredor.
Como Jesus suportou sofrimento espiritual, mental e físico (ver Hebreus 2:17 e 5:7), Ele pode sentir empatia. Só que Ele faz mais do que apenas entrar mentalmente nos nossos sofrimentos. Ele oferece-nos ajuda.
Veja: como Ele "foi... tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4:15), "é poderoso para socorrer os que são tentados".
Podemos pensar que, como todos os seres humanos, com excepção de Cristo, "pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23), todos nós teríamos empatia para com aqueles que caem sob a tentação e procuraríamos ajudá-los. Mas frequentemente não é isso o que acontece.
Certa vez participei de um conselho de igreja e ouvi um dos seus membros denunciar um irmão que tinha sido repreendido numa falta (ver Gálatas 6:1). Naquela ocasião, ninguém sabia do facto, mas posteriormente descobriu-se que o denunciante era culpado justamente do pecado pelo qual tinha condenado o seu irmão com tanta severidade.
Mas será que ter empatia significa ser complacente para com o pecado? Não! Significa, sim, que quando precisarmos de disciplinar, deveríamos lembrar-nos "do poço de que (fomos) cavados". Isaías 51:1.
A partir desse ponto de vista de "verme" (Job 25:6), podemos olhar para além do pecado e vislumbrar no pecador uma alma a ser salva!

domingo, 6 de maio de 2012

A OBRA DAS MÃES ACOMPANHA-AS

Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham. Apocalipse 14:13

As palavras do nosso texto aparecem sobre a sepultura dos meus avós maternos, em Dyas, Estados Unidos. Poderiam, ainda, mais apropriadamente, ser inscritas no túmulo da mãe do meu pai, sepultada no Estado do Maine. A lápide traz apenas o seu nome, os anos do nascimento e falecimento, e uma palavra - Mamã.
Casada com o meu avô aos 14 anos de idade (ele tinha 27), a vida da minha avó foi difícil. O meu pai era um bebé de colo quando a minha avó se teve de divorciar. O problema foi que ficou com quatro filhos pequenos, tendo o mais velho apenas 10 anos, e nenhum recurso para a sua manutenção. (Naquele tempo não havia benefícios sociais). O Estado de Minnesota interveio e colocou os dois meninos mais velhos num lar para crianças pobres, prometendo devolvê-los quando ela tivesse condições para cuidar deles.
Durante algum tempo, a situação da minha avó podia ser descrita apenas como desesperadora. Foi então que um jovem irlandês, George Hart, se apaixonou por ela e casaram.
Durante os dez anos seguintes, a avó tentou ter de novo os dois meninos mais velhos, como lhe tinham dito. Soubemos de quanto se esforçou só 60 anos mais tarde, enquanto eu fazia umas averiguações acerca da família e descobri as cartas, de partir o coração, que ela tinha escrito. Ela finalmente conseguiu reaver um menino, mas nunca conseguiu o outro.
Enquanto eu crescia, o meu pai contou-me muitas vezes a diligência com que a avó procurava criar os filhos, "na disciplina e na admoestação do Senhor". Efésios 6:4.
Ensinava-os a tratarem as mulheres com consideração e respeito. Nem uma única vez o meu pai a ouviu proferir uma palavra indelicada contra o ex-marido. Entretanto, a avó morreu aos 40 anos de idade, considerando a sua vida um fracasso - mas não foi um fracasso! Com o passar do tempo, os filhos mostraram que tinham aprendido bem as lições que ela lhes ensinara - até mesmo o filho que ela nunca conseguiu ter de volta!
Com frequência tenho pensado na grande surpresa que a avó vai ter quando despertar na manhã da ressurreição e verificar com que facilidade as suas obras a seguiram!
Sim, a obra das mães acompanha-as.

sábado, 5 de maio de 2012

O DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação! É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. 2 Coríntios 1:3 e 4

Durante uma série de reuniões evangelísticas realizadas no Estado de Nebraska, Estados Unidos, um famoso pregador chamado G. Campbell Morgan, procurava o Comandante Booth-Tuckert, do Exército da Salvação. Este tinha perdido a esposa há pouco tempo. Confessou a Morgan que não conseguia entender porque Deus tinha permitido a morte da sua mulher, mas continuou:
- Não sabe que a cruz só pode ser pregada pela tragédia? - E relatou a Morgan o seguinte incidente.
- Quando a minha mulher e eu estávamos em Chicago, procurámos levar a Cristo um homem que tinha perdido a esposa recentemente. Estava a ser muito difícil. A certa altura o homem disse: "Está certo o senhor falar dessa maneira. Mas eu perdi a fé em Deus quando a minha mulher me foi tirada. O senhor fala da minha perda como uma providência divina, mas se essa bela senhora ao seu lado lhe fosse também tirada, como é que o senhor se sentiria com relação a Deus?"
Um mês depois disso, Booth-Tuckert perdeu a esposa num trágico acidente de comboio. Durante a cerimónia fúnebre, realizada no salão de Chicago onde pregara, ele deu este testemunho: "Ainda creio em Deus. Eu amo-O e conheço-O."
Eu gostaria de saber se o homem com quem Booth-Tuckert tinha conversado esteve presente no funeral e, se esteve, qual foi a sua reacção.
Conheço um caso parecido. Um pastor tinha sido incapaz de consolar um viúvo da sua congregação, mas depois de perder a própria esposa, conseguiu transmitir palavras de verdadeiro encorajamento.
Deus compreende o luto. Tendo perdido o Filho único através de uma morte cruel e injusta, Ele obteve o direito de ser chamado o "Deus de toda a consolação". Quando somos privados dos nossos queridos, Ele entende o que estamos a sentir e envia o Seu Santo Espírito para nos consolar. Nunca nos esqueçamos de que um dos títulos do Espírito Santo é "O Consolador", porque Ele nos dá ânimo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

INTEGRIDADE

Mas Eliseu respondeu: "Diante de Deus afirmo que não aceito presente algum". "Por favor", insistiu Naamã, "faço questão de que receba o meu presente!" Mas o profeta continuou: "Já disse e torno a repetir que não aceito presentes." II Reis 5:16 (A Bíblia Viva).

Um dicionário define integridade como apego estrito a um código moral. A História oferece exemplos de pessoas que viveram esse princípio. Os três jovens hebreus, Ananias, Mizael e Azarias, são notáveis exemplos de integridade. Quando Nabucodonosor ordenou que todos se inclinassem diante da imagem de ouro, sob pena de morte em caso de desobediência, eles podiam ter racionalizado da seguinte maneira: "Na verdade não estamos a adorar um ídolo. Afinal de contas não estamos a adorar a imagem 'de coração'." Mas fazer isso teria sido uma violação do segundo mandamento.
Isso também teria sido uma negação da interpretação do sonho da imagem, que Daniel já tinha dado ao rei. No sonho, a imagem não era toda de ouro; só a cabeça (ver Daniel 2:36-43) - um detalhe pequeno, talvez, mas importante.
Em 1884, após a morte da esposa e da mãe, Theodore Roosevelt deixou a política e passou os três anos seguintes na sua quinta de criação de gado, na região ocidental de Dakota. Certo dia, enquanto andava pela quinta com os empregados, encontraram um bezerro de dois anos que ainda não tinha sido marcado. Um dos mais hábeis trabalhadores de Roosevelt laçou o bezerro, fez uma fogueira e preparou-se para marcar o animal. Só que havia um problema. A propriedade na qual encontraram o bezerro pertencia a Gregor Lang. O animal, portanto, pertencia legalmente a Lang, não a Roosevelt.
Roosevelt observou o procedimento mas não disse nada - até ao momento em que o trabalhador pegou o ferro quente para marcar o animal. - Espera aí! - gritou Roosevelt. - Esse bezerro é do Lang, não é meu.
- Tudo bem. Mas eu coloco sempre a sua marca nos bezerros quando os encontro - disse o rapaz, pensando que agradava a Roosevelt.
- Larga esse ferro - disse Roosevelt em voz baixa. - Vai ao meu escritório receber o teu salário. Não preciso de homens como tu.
- Mas ... o que foi que eu fiz de mal? - perguntou o cowboy, perplexo.
- Um homem que rouba para mim, pode roubar-me a mim - respondeu Roosevelt. - Não preciso de gente como tu. Vai receber o teu dinheiro.
O mundo necessita de mais homens e mulheres que tenham a integridade de dizer não ao engano. "Se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas." Provérbios 1:10.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

SÓ DEUS CONHECE O CORAÇÃO

Muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, ... e a nenhuma delas foi Elias enviado. Lucas 4:25 e 26

De certo que se lembra da história: o povo de Israel caíra em terrível apostasia. Num esforço para os levar de novo ao culto de Jeová, Deus tinha-lhes enviado uma seca de três anos e meio (ver 1 Reis 17). Depois do ribeiro de Querite ter secado, "veio a palavra do Senhor" a Elias, porque Ele tinha ordenado a uma mulher viúva que o sustentasse (versos 5-9).
Conhecemos muito pouco acerca desta mulher. Nem sabemos o seu nome. Quando Jesus falou aos Seus ouvintes a respeito dela, já tinha morrido há mais de 700 anos. Porque, então, mencionar essa mulher anónima, virtualmente desconhecida? Porque ela era o tipo de pessoa que faria qualquer coisa que Deus lhe pedisse.
Era evidente que não havia em Israel uma única residência onde Elias pudesse ser bem recebido - ou porque os seus moradores temessem represálias do rei, ou porque odiavam Elias por ele ter causado a seca. Na época em que ocorreram esses eventos, sabemos que Acabe e Jezabel eram rei e rainha, respectivamente. Acabe era um homem ímpio de vontade fraca; Jezabel era uma mulher ímpia de vontade forte.
Foi muito estranho, mas Deus enviou Elias a Sidom, o próprio reduto do paganismo, para aí buscar refúgio. Não se esqueça de que Etbaal, rei de Sidom, era o pai de Jezabel (ver 1 Reis 16:31), e com toda a certeza era também um idólatra. Entretanto, naquela terra de adoradores de Baal, morava uma viúva que Deus podia usar para hospedar o Seu servo. Acho que às vezes temos a tendência para pensar que os verdadeiros seguidores de Deus existem apenas em países cristãos; esquecemo-nos de que "em qualquer nação, aquele que O teme e faz o que é justo Lhe é aceitável". Actos 10:35.
Há alguns anos, conversei com um professor que insistia no facto de que, com raras excepções, apenas aqueles que tivessem ouvido falar de Cristo teriam a possibilidade de ser salvos - caso contrário, não faria sentido a ordem de Cristo para que os Seus seguidores fossem a todo o mundo pregar "o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. Ele pode ter alguma razão, mas é possível também que nós nos surpreendamos quando chegarmos ao Céu e lá encontrarmos pessoas que não esperávamos ver - e isso talvez o inclua a si e a mim!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

EVITAR A APARÊNCIA DO MAL

Abstende-vos de toda a forma de mal. 1 Tessalonicenses 5:22

Embora o famoso evangelista britânico Charles Haddon Spurgeon nunca tenha jogado jogos de azar, certa vez passou pelo Mónaco, um principado famoso pelos seus casinos e belos jardins, que ele considerou, aliás, "os mais lindos do mundo".
Certo dia, um amigo do evangelista contou-lhe acerca de uma conversa que tinha mantido recentemente na Riviera Francesa com o gerente de uma das casas de jogo de Monte Carlo.
- Porque não visita os nossos jardins? - inquiriu o Sr. Blanc.
- Bem - respondeu o amigo de Spurgeon - eu não jogo. E como a minha presença nos seus jardins não daria lucro ao seu empreendimento, não creio que ache oportuno querer visitá-los.
- Mas o senhor está enganado - retrucou o gerente. - Mesmo que não jogue, a sua presença seria indirectamente lucrativa para mim. Veja, as pessoas que o conhecem sentir-se-iam à vontade no meu casino; e, para muitas, dali para a mesa de jogos seria só um passo.
Depois de ouvir isto, Charles Spurgeon resolveu nunca mais se aproximar dos jardins de Monte Carlo.
Algumas pessoas acham que estão a exercer a sua 'liberdade cristã' quando frequentam locais ou se envolvem em actos considerados 'fronteiriços' ou duvidosos, não tendo em consideração a má influência que podem exercer sobre outros. Essas pessoas podem alegar que não são responsáveis pelo que os outros fazem, pois "cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus" (Romanos 14:12) e isso, naturalmente, é verdade. Mas a questão não termina aqui. Nós somos responsáveis pela nossa influência.
O apóstolo Paulo reconheceu esse princípio quando escreveu aos coríntios: "Sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus." 1 Coríntios 8:4. Contudo, mesmo que não haja nada intrinsecamente errado em determinada prática, Paulo decidiu que - se o seu envolvimento nessa actividade servisse de escândalo ao seu irmão - ele a abandonaria para sempre (verso 13).
Com frequência, quando se trata de normas cristãs, a questão não é: "Será que isto é intrinsecamente errado?", mas sim: "Que rumo estou a seguir, e que influência estou a exercer sobre outros?"

terça-feira, 1 de maio de 2012

AJUDA DO COMANDANTE

Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento a minha destra fiel. Isaías 41:10

Quando andava na faculdade, costumava cortar o cabelo na barbearia do Sr. Beyers, em Santa Helena, Califórnia. Um dia, enquanto cortava o cabelo, ele mencionou que tinha sido marinheiro e que durante algum tempo estivera na base de Shangai. Começou a contar-me experiências daquela época.
Enquanta ele falava, entrou um senhor idoso, sentou-se e ouviu em silêncio a conversa. Quando se fez uma pausa apropriada, o senhor disse que também tinha passado vários anos no Oriente. Era um veterano da Guerra Hispano-Americana. Eu tinha conhecido vários desses veteranos enquanto estive no campo de concentração, de modo que o meu interesse foi mais do que casual naquilo que ele estava a dizer.
Já me esqueci de todas as histórias que o Sr. Beyers contou, mas houve uma que continua indelevelmente gravada na minha memória. Acho que me lembro porque ilustra muito bem a vida cristã.
O velho soldado disse que participou da primeira invasão à Baía de Manila, na madrugada de 1 de Maio de 1898. Nunca tinha assistido a um tiroteio e estava cheio de medo. Os explosivos disparados do Forte Santiago erguiam jactos de água por todo o lado e as balas assobiavam sobre a sua cabeça enquanto ele saltava da barcaça de desembarque para dentro da água.
Quando se dirigia para a praia, tropeçou e caiu. Quase no mesmo instante, sentiu que uma forte mão lhe segurava o braço e o colocava em pé novamente. Quando se virou para saber quem o ajudava, viu que era o General-Brigadeiro Arthur McArthur, comandante da sua brigada e pai do General Douglas McArthur, que ficou famoso na Segunda Guerra Mundial!
Como soldado no exército de Cristo, não precisamos de ter medo de que na água 'não haja pé', pois Ele "é poderoso para vos guardar de tropeços" (Judas 24). Apesar disso há ocasiões em que, devido ao nosso descuido, o tentador nos ilude e nós escorregamos e caímos. Quando isso acontece, "o Comandante dos Exércitos do Senhor" (Josué 5:14, A Bíblia Viva) está pronto a erguer-nos e dar-nos ânimo renovado para a batalha contra o inimigo. Agora a questão é connosco: permitiremos que Ele nos ajude?