segunda-feira, 7 de maio de 2012

O SIGNIFICADO DE EMPATIA

Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. Hebreus 2:18

Diz-se que uma pessoa que desfrutou sempre de boa saúde tem dificuldade em sentir empatia em relação a alguém que está a sofrer fisicamente. Soube do caso de uma enfermeira, obviamente com excelente saúde, que disse a um doente que estava a gemer alto depois de uma cirurgia, que ele fizesse o favor de ficar calado, porque estava a perturbar toda aquela ala. Um outro doente, que ouviu a enfermeira falar, perguntou-lhe se ela já tinha sido operada.
- Não - respondeu secamente a enfermeira, e virou-se para sair.
- Bem - sugeriu o doente - acho que está a precisar de passar por uma cirurgia. Talvez depois consiga entender.
Embora o sofrimento físico seja o tipo mais normal de dor, não é o único. O sofrimento psicológico e espiritual parece igualmente doloroso, talvez até mais. Empatia significa entrar mentalmente na experiência de um sofredor.
Como Jesus suportou sofrimento espiritual, mental e físico (ver Hebreus 2:17 e 5:7), Ele pode sentir empatia. Só que Ele faz mais do que apenas entrar mentalmente nos nossos sofrimentos. Ele oferece-nos ajuda.
Veja: como Ele "foi... tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4:15), "é poderoso para socorrer os que são tentados".
Podemos pensar que, como todos os seres humanos, com excepção de Cristo, "pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23), todos nós teríamos empatia para com aqueles que caem sob a tentação e procuraríamos ajudá-los. Mas frequentemente não é isso o que acontece.
Certa vez participei de um conselho de igreja e ouvi um dos seus membros denunciar um irmão que tinha sido repreendido numa falta (ver Gálatas 6:1). Naquela ocasião, ninguém sabia do facto, mas posteriormente descobriu-se que o denunciante era culpado justamente do pecado pelo qual tinha condenado o seu irmão com tanta severidade.
Mas será que ter empatia significa ser complacente para com o pecado? Não! Significa, sim, que quando precisarmos de disciplinar, deveríamos lembrar-nos "do poço de que (fomos) cavados". Isaías 51:1.
A partir desse ponto de vista de "verme" (Job 25:6), podemos olhar para além do pecado e vislumbrar no pecador uma alma a ser salva!