segunda-feira, 21 de maio de 2012

PORQUÊ EU, SENHOR?

Porque se concede luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo? Job 3:20

No dia 26 de Outubro de 1981, dois assassinos arrombaram uma casa em Conroe, Estado do Texas, Estados Unidos, e dispararam a arma contra Craig Weicht, a sua esposa e a filha de 8 anos de idade, Karen, deixando-os praticamente mortos. A Sra. Weicht sobreviveu, mas ficou a sofrer a agonia emocional de perder os seus entes mais queridos.
Num momento de desespero, ela agitou o punho cerrado para o céu e gritou: "Deus, porque permitiste que eles matassem o meu marido e a minha filhinha? Tiraste-me tudo o que eu amava - a minha própria vida!"
Depois desse desabafo, Deus falou-lhe com uma voz muito suave, que parecia dizer: "Quando aqueles assassinos tiraram a vida dos teus queridos, tu não tiveste poder para os impedir. Mas quando os assassinos tiraram a vida do Meu Filho, Eu tinha poder para os impedir, mas não o fiz porque Eu te amava." (Ver João 3:16 e Romanos 8:32).
Quando ela pensou nas implicações daquelas palavras, exclamou: "Oh, Deus, perdoa-me!"
Foi assim que uma cristã reagiu à perda dos seus queridos. E aqui está o modo como outro cristão reagiu:
Eric Barker, missionário britânico que passou mais de 50 anos em Portugal e ali se encontrava quando a Segunda Guerra Mundial começou, decidiu repatriar a sua esposa e oito filhos. Barker ficou para deixar em ordem alguns trabalhos importantes da Missão antes de se ir embora. No Domingo seguinte, momentos antes de ele subir ao púlpito para pregar, alguém lhe passou um telegrama com a terrível notícia de que o navio no qual a sua família viajava se tinha afundado e todos a bordo tinham morrido.
Sem mencionar a tragédia, Barker anunciou simplesmente: "Acabo de receber a notícia de que os meus queridos chegaram ao Lar em segurança" - e pregou o sermão sem verter uma lágrima. Só mais tarde a congregação ficou a saber da terrível perda que Barker sofrera. Ele baseou o anúncio na sua interpretação de II Coríntios 5:8.
O "Deus de toda a consolação" entende, por experiência pessoal, a aflição pela qual passamos ao perder um ente querido, e por entendê-la é capaz de nos confortar em todas as nossas tribulações. Ao sermos consolados por Ele nas nossas trágicas perdas, nós também poderemos "consolar os que estiverem em qualquer angústia." 2 Coríntios 1:3 e 4.