domingo, 6 de maio de 2012

A OBRA DAS MÃES ACOMPANHA-AS

Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham. Apocalipse 14:13

As palavras do nosso texto aparecem sobre a sepultura dos meus avós maternos, em Dyas, Estados Unidos. Poderiam, ainda, mais apropriadamente, ser inscritas no túmulo da mãe do meu pai, sepultada no Estado do Maine. A lápide traz apenas o seu nome, os anos do nascimento e falecimento, e uma palavra - Mamã.
Casada com o meu avô aos 14 anos de idade (ele tinha 27), a vida da minha avó foi difícil. O meu pai era um bebé de colo quando a minha avó se teve de divorciar. O problema foi que ficou com quatro filhos pequenos, tendo o mais velho apenas 10 anos, e nenhum recurso para a sua manutenção. (Naquele tempo não havia benefícios sociais). O Estado de Minnesota interveio e colocou os dois meninos mais velhos num lar para crianças pobres, prometendo devolvê-los quando ela tivesse condições para cuidar deles.
Durante algum tempo, a situação da minha avó podia ser descrita apenas como desesperadora. Foi então que um jovem irlandês, George Hart, se apaixonou por ela e casaram.
Durante os dez anos seguintes, a avó tentou ter de novo os dois meninos mais velhos, como lhe tinham dito. Soubemos de quanto se esforçou só 60 anos mais tarde, enquanto eu fazia umas averiguações acerca da família e descobri as cartas, de partir o coração, que ela tinha escrito. Ela finalmente conseguiu reaver um menino, mas nunca conseguiu o outro.
Enquanto eu crescia, o meu pai contou-me muitas vezes a diligência com que a avó procurava criar os filhos, "na disciplina e na admoestação do Senhor". Efésios 6:4.
Ensinava-os a tratarem as mulheres com consideração e respeito. Nem uma única vez o meu pai a ouviu proferir uma palavra indelicada contra o ex-marido. Entretanto, a avó morreu aos 40 anos de idade, considerando a sua vida um fracasso - mas não foi um fracasso! Com o passar do tempo, os filhos mostraram que tinham aprendido bem as lições que ela lhes ensinara - até mesmo o filho que ela nunca conseguiu ter de volta!
Com frequência tenho pensado na grande surpresa que a avó vai ter quando despertar na manhã da ressurreição e verificar com que facilidade as suas obras a seguiram!
Sim, a obra das mães acompanha-as.