sábado, 26 de maio de 2012

RELACIONANDO-SE COM A MORTE E O SOFRIMENTO

O Senhor... ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens. Lamentações 3:31-33

Há alguns anos, uma criança enviou a seguinte carta para a popular coluna de aconselhamento de Abigail Van Buren:
"Querido Deus: Porque deixaste o meu irmão morrer? Quando ele foi atropelado, a minha mãe orou para que o deixasses viver, mas não deixaste. O meu irmãozinho tinha só dois anos de idade, e não poderia ter pecado tanto para que o castigasses dessa maneira. Toda a gente diz que Tu és bom e que podes fazer qualquer coisa que quiseres. Podias ter livrado o meu maninho, mas deixaste-o morrer. Partiste o coração da minha mãe. Como é que te vou amar?"
A questão da morte e do sofrimento é difícil de ser explicada satisfatoriamente. Em algumas circunstâncias, a resposta é óbvia. O fumador que sofre e morre de cancro do pulmão está a colher os resultados naturais da sua violação das leis da saúde. Todos nós entendemos isso. Mas quando o inocente sofre e morre sem ter cometido falta nenhuma, as respostas não aparecem facilmente.
A morte e o sofrimento nunca fizeram parte do plano original de Deus. São o resultado da desobediência - e não necessariamente da nossa própria transgressão. Por exemplo, um bebé que já nasce com SIDA é um caso de desobediência atribuível aos seus pais. Noutros casos, precisamos de retroceder até aos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Noutros exemplos ainda, precisamos de ir até Lúcifer, o originador do pecado com as suas consequências de sofrimento e morte.
Mas o maravilhoso é que a graça de Deus é suficiente para todas as aflições. Ele pode transformar num bem eterno as coisas ruins que nos acontecem.
Hoje participei da cerimónia de unção de um rapaz que esteve paralisado do pescoço para baixo durante 17 anos, como resultado de um acidente em que conduzia sob a influência do álcool. Aparentemente, Deus não achou bem curá-lo, mas o testemunho do rapaz foi inspirador. Está resignado e submisso à vontade de Deus. Reconhece que aquele acidente foi, talvez, a única maneira que Deus podia ter usado para o salvar. Mas o melhor de tudo é a sua confissão de que a graça de Deus é na verdade suficiente em todas as aflições.