terça-feira, 30 de outubro de 2012

A SOLUÇÃO DE DEUS PARA O DESALENTO

Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó. Salmo 103:13 e 14

Se já houve alguém com boas razões para se sentir no topo do mundo, foi Elias. Pela sua palavra, deixara de chover durante três anos e meio (ver Tiago 5:17). Em resposta à sua oração, um relâmpago cortou um céu sem nuvens e consumiu o sacrifício sobre o altar. Ele orou, e choveu outra vez (ver o versículo 18 e 1 Reis 18:36-39 e 45). Exuberante com o sucesso, Elias correu à frente da carruagem de Acabe, desde o cume do Carmelo "até à entrada de Jezreel". 1 Reis 18:46.
Pouco depois desta experiência no alto do monte, entretanto, Elias encontrou-se atolado no lamaçal do desalento. Como se pode explicar essa mudança de estado de ânimo? Seria possível que, depois do Senhor ter actuado tão poderosamente através dele, Elias começasse a pensar que o poder para fazer todas aquelas coisas era só seu? Ou estaria simplesmente a passar por uma reacção natural ao esforço físico depois de correr do Carmelo até Jezreel? Ou teria sido um caso de autopiedade devido à ingratidão de Acabe e Jezabel?
Seja qual for o motivo, gosto da maneira como Deus lidou com o Seu desalentado servo. Lembra-se: Ele falou com Elias no Monte Horebe, numa voz tranquila e suave.
Posso imaginar Deus a colocar o braço no ombro de Elias e dizer:
- O que é que estás a fazer aqui, Elias? Estás a tentar fazer o Meu trabalho, em vez de permitires que Eu tome conta do caso. Deixa, Jezabel e os seus ímpios seguidores comigo; sei como cuidar disso. E posso ouvir a resposta de Elias:
- Senhor, tenho sido muito zeloso na Tua causa, e o único fiel que resta em todo o Israel. Mas repara: querem matar-me!
Ouço a resposta de Deus:
- O que não percebes, Elias, é que ainda tenho sete mil em Israel que não dobraram os joelhos a Baal. Meu filho, esquece isso. Ainda tenho muito trabalho para fazeres.
Alguma vez já se sentiu como Elias? Não é maravilhoso ter um Pai celestial que conhece a nossa estrutura e trata os desanimados com compaixão?