sábado, 6 de outubro de 2012

APESAR DOS PESARES

Sejam amáveis e prontos para perdoar; jamais guardem rancor. Lembrem-se que o Senhor os perdoou, portanto vocês devem perdoar aos outros. Colossences 3:13 (A Bíblia Viva)

Na edição de Julho de 1990 da revista Guidepost, Carol A. Virgil conta como Teresa, a sua filha adolescente, chegou da escola muito triste, e mostrava à mãe um livro que tinha comprado há pouco tempo. Na parte interna da capa de trás do livro estavam escritas estas palavras: "Eu odeio-te; és feia, és um lixo." Teresa soube que isso tinha sido escrito por Breda, uma das valentonas da escola.
- Não consigo imaginar o que foi que fiz para que ela me odeie tanto - lamentava-se Teresa, com as lágrimas a ponto de rolar.
Carol sentiu o impulso de pôr tudo em pratos limpos com a agressora da sua filha. A aprovação dos colegas é muito importante para as meninas de 13 anos. O que deveria ela dizer para ajudar a sua filha? Talvez devesse ter ensinado os seus filhos a serem mais agressivos.
Carol e Teresa começaram a inventar frases mordazes para colocar Breda no devido lugar.
- Que tal um "Relatório Diário Acerca de Breda"? - sugeriu Carol, fazendo de conta que estava a falar a sério.
Uma semana mais tarde, Carol encontrou o seu certificado de conclusão do Jardim da Infância e começou a recordar aquele tempo. De repente, lembrou-se de ter dito: "Rebeca, eu odeio-te!" a uma coleguinha sem graça e lenta para aprender. A professora, Sra. Lidke, ouviu por acaso aquela observação cortante e disse: "Carol, isso é uma surpresa para mim. Eu esperava muito mais de ti." Apanhada em flagrante e embaraçada, Carol pediu perdão.
Agora, enquanto reflectia sobre o motivo que a levara a tratar Rebeca tão vergonhosamente, chegava à conclusão de que tinha sido o desejo de obter aprovação das colegas. Decidiu imediatamente abandonar a ideia dos 'relatórios' acerca de Breda. Escreveu o versículo da meditação de hoje e colocou-o sobre a cama de Teresa. Mais tarde, contou à filha como tinha tratado a Rebeca, e porquê.
- Nunca pensei nisso por esse ângulo - admitiu Teresa. - Acho que posso ser simpática com a Breda. - Então mãe e filha ajoelharam-se e pediram que Deus lhes concedesse a graça de perdoar a Breda. E Ele fê-lo.
Até ao momento em que a história foi escrita, a Breda ainda não tinha mudado, mas Carol e a sua filha, sim! E isso é que é importante e pode vir a ser decisivo na mudança de Breda.