sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CORAGEM DIANTE DA DERROTA

Tendo ali (em Roma) os irmãos ouvido notícias nossas, vieram ao nosso encontro até à Praça de Ápio e às Três Vendas. Vendo-os Paulo, e dando por isso graças a Deus, sentiu-se mais animado. Actos 28:15

Quando Lucas escreveu estas palavras a respeito de Paulo, este encontrava-se a caminho de Roma, onde enfrentaria possivelmente a execução pelas mãos de um imperador brutal e excêntrico - Nero. Paulo, contudo, não temia essa possibilidade. Em vez disso, contemplando as primícias de uma abundante colheita de almas para Cristo, deu graças a Deus e sentiu-se animado.
O mundo necessita de mais almas corajosas como Paulo.
Durante os dias negros de Junho de 1940, Winston Churchill, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, voou até à sede temporária do governo francês em Tours e esforçou-se para incentivar os seus hesitantes aliados a continuarem a resistência contra o holocausto nazista. Os seus esforços foram infrutíferos. O exército francês praticamente deixara de existir, o governo estava à beira do colapso e o futuro parecia desesperançadamente negro.
Ao regressar a Inglaterra, Churchill relatou ao seu gabinete a gravidade da situação. Não suavizou o quadro, mas concluíu com estas memoráveis palavras: "Nós agora enfrentaremos a Alemanha completamente isolados. Estamos sós." A seguir, olhando desafiadoramente ao seu redor, acrescentou: "Mas para mim isto é até inspirador!"
A coragem daquele homem, diante de avassaladoras desvantagens e da derrota quase certa, foi contagiosa. Galvanizou o povo britânico levando-o à acção e, como todos sabemos, prosseguiu para a vitória final.
No grande conflito em andamento entre as forças do bem e as do mal, as forças do bem nem sempre têm sido vitoriosas. Há retiradas temporárias, mas o Capitão da nossa salvação nunca falhou ou ficou desanimado (ver Hebreus 2:10 e Isaías 42:4). Antes, têm transformado esses reveses em vitórias brilhantes.
O Calvário é o mais notável exemplo disso. Aquilo que parecia uma retumbante vitória das forças do mal, revelou-se uma derrocada catastrófica para Satanás e os seus agentes. O mesmo pode ser verdade a nosso respeito neste conflito. Jesus pode transformar aparentes derrotas em assinaladas vitórias, se Lhe dermos permissão para actuar. Quando consideramos as nossas "derrotas" sob esse prisma, podemos, como Paulo, dar graças a Deus e sentir-nos animados.