sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

DÍVIDAS CANCELADAS

(Cristo) nos deu vida juntamente com Ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós... ; removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz. Colossenses 2:13 e 14

A expressão 'escrito de dívida' do nosso versículo, é frequentemente usada nos antigos papiros para significar um certificado de dívida assinado pelo devedor e cancelado só depois da dívida estar paga.
Durante uma das tréguas no cerco a Plevna, Bulgária, no Verão de 1877, o Czar Nicolau II estava a fazer a ronda no seu acampamento, quando encontrou um jovem oficial que tinha adormecido junto à mesa em que estivera a escrever uma carta à mulher.
Espreitando por cima dos ombros do jovem, o imperador leu acerca da aflição daquele oficial por causa da impossibilidade de liquidar as suas obrigações financeiras. "Quem vai pagar as minhas dívidas?", escrevera eIe, com desespero. Pegando na pena que estava sobre a mesa, o czar escreveu: "Eu pagarei - Nicolau II". Podemos imaginar a surpresa do oficial quando acordou e leu a promessa do imperador. Podemos imaginar tambem a gratidão que ele deve ter expressado ao seu soberano, não só em palavras mas também com actos e lealdade ainda mais profunda.
O Soberano do Universo, o Capitão da nossa salvação, fez por nós algo semelhante ao que o Czar Nicolau II fez por aquele jovem oficial. Cancelou a nossa dívida de pecado. Em retribuição, expressamos a nossa gratidão sincera em palavras e também através de uma dedicação mais profunda Àquele que nos redimiu.
Alguns parece pensarem que, estando cancelada a dívida, podem continuar a pecar com impunidade e ainda salvar-se. Se isso fosse verdade, Cristo seria o ministro do pecado, não seria? (Ver Gálatas 2:17). Caso fosse verdade, as palavras de Cristo à mulher apanhada em adultério - "Vai, e não peques mais" (João 8:11) - não teriam sentido. Mas isso significa que aquela mulher viveu, ou pelo menos poderia ter vivido, uma vida isenta de pecado dali em diante? Na resposta a esta pergunta concentra-se toda a questão da 'justificação pela fé'.
Porque não entregar a Deus diariamente tudo o que somos, permitindo que Ele julgue se já atingimos essa perfeição? Uma coisa é certa: Cristo não oferece apenas a graça perdoadora; Ele também oferece a graça vencedora - poder para não pecar mais.

Ver sobre Justificação pela Fé - Leituras para a Vida, 15.01.12 - Links 1R