sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

TUDO OU NADA

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se de facto o Espírito de Deus habita em vós. E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é d'Ele. Romanos 8:9

Quando Mahmud de Ghazni conquistou a Índia, impôs o islamismo ao povo e adoptou a prática de destruir todos os ídolos. Em 1024, capturou Somnath. Fora da cidade havia um templo dedicado a Silva. Os sacerdotes daquele tempo suplicaram-lhe que poupasse o deus deles. Em vez disso, ele despedaçou-o e de dentro da imagem derramou-se um tesouro impressionante!
Algo semelhante acontece por ocasião da conversão. É como se disséssemos: "Senhor Jesus, o templo da minha alma é todo Teu. Entra e despedaça o ídolo do egoísmo." Estamos sendo sinceros, e Cristo leva-nos a sério. Ele despedaça o ídolo e de dentro dele jorra um tesouro inestimável.
Então, na alegria desse amor, começamos a levar Jesus de sala em sala. Mas inesperadamente chegamos a um compartimento que abriga outro deus. Embora Cristo soubesse da existência desse ídolo quando lhe entregamos o templo da alma, nós não o sabíamos. Agora entretanto, temos consciência de que ele existe (ver João 9:41).
O Dr. Frederick B. Meyer, notável pregador, encontrou-se um dia diante de uma situação como esta. Estava no seu escritório, perguntando-se acerca da dimensão e sucesso do seu trabalho. Repentinamente, pareceu-lhe que Cristo estava em pé ao seu lado.
- Eu gostaria de ter as chaves da tua vida - parecia estar Ele a dizer.
A experiência foi tão real, que o Dr. Meyer diz ter colocado a mão no bolso para entregar o porta-chaves.
- Estão aqui todas as chaves? - perguntou Jesus.
- Sim, Senhor - respondeu o clérigo. - Todas com excepção de uma.
- Se não puderes admitir-Me em todos os aposentos da tua vida, não aceitarei nenhuma das tuas chaves - disse Jesus com tristeza.
O Dr. Meyer sentiu-se tão subjugado pela sensação de que Cristo estava a sair da sua vida, que involuntariamente gritou:
- Senhor, volta! Toma as chaves de todos os compartimentos da minha vida.
Esta experiência repete-se na vida de todo o cristão, quando o Espírito Santo o torna consciente da existência de ídolos dos quais ele não suspeitava ao converter-se. Se hoje o Espírito Santo lhe apontar a existência de um ídolo no templo da sua alma, não quererá, pela graça de Deus, expulsá-lo?