terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SOBRE OS BRAÇOS ETERNOS

O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos. Deuteronómio 33:27

Na visão das rodas dentro de outras rodas, Ezequiel viu um Ser resplandecente, que ele descreve como tendo a forma de um homem sentado sobre um trono (Ezequiel 1:26). Numa visão seguinte, o profeta viu que esse Ser estendia "uma semelhança de mão" (Ezequiel 8:3). Embora Ezequiel tivesse visto uma só mão, deve ter havido duas; caso contrário, a representação teria sido incompleta. Essas mãos, então, deviam estar ligadas aos braços eternos de que fala o nosso verso, os braços que estão "por baixo".
Há muitos anos, durante a construção de uma ponte sobre uma ala do porto de Nova Iorque, os engenheiros precisaram de fazer o alicerce para um dos pilares. O problema era que justamente no lugar onde pretendiam lançar esses fundamentos, estava um saveiro que tinha naufragado anos antes, com um carregamento de pedras. O saveiro estava em condições relativamente boas, de modo que o engenheiro responsável pela operação decidiu removê-lo.
Foram enviados mergulhadores, e colocadas correntes pesadas sob as extremidades da embarcação. A seguir, tentaram erguê-la com guindastes, mas todos os esforços fracassaram. Por fim, um jovem engenheiro teve uma ideia. Mandou buscar duas barcaças e colocá-las no local onde jazia o saveiro, instruindo os homens a prender as correntes às barcaças por ocasião da maré baixa. Passadas nove ou dez horas, quando começou a maré alta, o velho saveiro começou a sacudir e estremecer, mas também inexoravelmente a erguer-se. Aquilo que os guindastes não tinham conseguido pela força bruta, o poderoso Oceano Atlântico conseguiu com facilidade!
Algo semelhante acontece no nosso relacionamento com Deus. Por nós mesmos, nada podemos fazer para livrar-nos da carga de pecado, mas o Deus omnipotente pode efectuar em nós aquilo que na nossa própria força não podemos. Observe que, apesar de sermos impotentes para realizar qualquer coisa, há uma parte que devemos desempenhar - precisamos colaborar com o poder divino.
Quão gratos podemos ser pelo facto de que, para livrar-nos da carga de pecado, os braços eternos do omnipotente Deus estejam "por baixo" para erguê-la por nós - e enquanto continuarmos a cooperar com Ele, a remoção é permanente.