sábado, 17 de março de 2012

A ILHA ESMERALDA

Porei entre elas um sinal, e alguns dos que foram salvos enviarei às nações. ...até às terras do mar mais remotas, que jamais ouviram falar de Mim, nem viram a Minha glória; eles anunciarão entre as nações a Minha glória. Isaías 66:19

O Dr. William Drennan, no seu poema Erin, foi o primeiro a chamar à Irlanda a Ilha Esmeralda. O cristianismo foi introduzido na Irlanda por Paládio, por volta de 431 d.C., mas foi Patrício, o seu sucessor, que levou os irlandeses a converterem-se ao cristianismo realmente. Registos antigos indicam que Patrício foi observador do Sábado e acreditava na segunda vinda de Cristo.
Embora alguns séculos mais tarde os irlandeses se tivessem convertido ao catolicismo romano, a forma original de cristianismo que eles tinham adoptado por intermédio de Patrício era muito mais próxima dos ensinos de Jesus e dos Seus apóstolos do que aquela que prevaleceu noutras partes da cristandade na época. Durante a Idade Média, esses cristãos celtas preservaram a luz da verdade e da civilização que em grande parte se tinha perdido noutras regiões da Europa.
Dos seus centros de estudo, os cristãos irlandeses enviaram missionários à Europa e a outras partes do mundo, cumprindo assim a profecia de Isaías mencionada no nosso versículo de hoje. Por exemplo, Columba, o grande missionário enviado à Escócia, iniciou a evangelização daquela terra em 563. Mais tarde, fundou uma escola para o preparo de missionários na ilha de Iona. Columbano, que foi para a França como missionário em 585, fundou uma abadia em Luxeuil.
Os irlandeses mantêm fortes laços familiares. Embora muitos deles tenham emigrado para a América e outras partes do mundo, a celebração do Dia de São Patrício mantém-nos unidos. Quando a minha família e eu estivemos presos no campo de concentração japonês, o Padre Roberto Sheridan, sacerdote católico romano da prisão, convocou todos os que tivessem sangue irlandês para usarem a cor verde no Dia de São Patrício. Perguntei ao meu pai se tinhamos algumas gotas de sangue irlandês. Ele respondeu que a sua avó era de Belfast. Pesquisas posteriores revelaram que era de Belfast, do Estado americano do Maine, e não de Belfast, Irlanda do Norte, que é protestante.
Uma das admiráveis qualidades dos irlandeses é a sua tenacidade em face de circunstâncias adversas. Na Guerra Civil Americana, foram reconhecidos como os melhores soldados, que lutaram pela União. Mesmo que não tenhamos antepassados irlandeses, podemos todos seguir o exemplo do seu admirável espírito no conflito que se trava entre as forças do bem e do mal.