quinta-feira, 22 de março de 2012

A EX-ADÚLTERA

Quando (Jesus) estava falando, os líderes judaicos e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério e a colocaram na frente da multidão. "Mestre", disseram a Jesus, "esta mulher foi encontrada no próprio acto de adultério. A lei de Moisés manda que seja morta. O que o Senhor acha?" João 8:3-5 (A Bíblia Viva)

Em nenhuma parte da Bíblia aparece mais claramente a aplicação de dois pesos e duas medidas do que no caso da mulher apanhada em adultério. Se a mulher fosse apanhada em flagrante no próprio acto, o seu parceiro devia ter sido apanhado também, mas aparentemente foi-lhe permitido escapar impune. E isso apesar do facto de que a própria lei à qual os inimigos de Jesus apelaram, especificava claramente que ambos deveriam ser apedrejados até à morte (ver Deuteronómio 22:22).
Consegue imaginar o constrangimento daquela pobre mulher, ao ser exposta diante dos olhos da multidao enquanto os seus acusadores continuavam a exigir que Jesus desse uma resposta? Jesus não disse nada. §implesmente curvou-Se e começou a escrever. Pouco depois, pôs-Se em pé e disse: "Aquele que, dentre vós, estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra" (verso 7).
Depois curvou-Se outra vez e escreveu alguma coisa - os pecados deles. Enquanto Ele fazia isso, os acusadores da mulher desapareceram silenciosamente, até que ficaram apenas ela e Jesus. Foi nessa altura que Jesus pronunciou aquelas, maravilhosas palavras: "Nem eu te condeno; vai, e não peques mais" (verso 11).
Ellen G. White apresenta-nos uma fascinante sequência dessa história. Ela escreve: "Essa penitente mulher tornou-se uma das mais sinceras amigas de Jesus. Pagou-Lhe a compaixão e o perdão com um amor abnegado. Mais tarde, quando esmagada pela tristeza contemplou ao pé da cruz a agonia na face do seu Senhor moribundo, e ouviu o Seu amargo clamor, a sua alma foi ferida outra vez." - Signs of the Times, 23 de Outubro de 1879.
Como Maria Madalena se encontrava ao pé da cruz e viu Jesus morrer (Mateus 27:56), e anteriormente tinha sido uma mulher impura (ver O Desejado de Todas as Nações, pág. 566), alguns têm conjecturado que ela e a mulher apanhada em adultério eram a mesma pessoa - e talvez estejam certos. Mas o mais importante é que, seja qual for o pecado, existe esperança se os pecadores se arrependerem e se converterem e permitirem que o Senhor os livre dos seus caminhos pecaminosos.