domingo, 30 de setembro de 2012

CARÁCTER DE PRATA ESTERLINA

Vai sentar-se, como o purificador de prata, vigiando com atenção, até que todo o refugo tenha sido queimado. Purificará os levitas, os servos de Deus, e os limpará como se limpa o ouro e a prata. Assim, eles servirão a Deus com corações puros. Malaquias 3:3 (A Bíblia Viva)

A parte de trás dos objectos feitos com prata da melhor qualidade em geral traz estampada a palavra Sterling (esterlina). Sabe como se originou a palavra 'esterlina'?
Segundo Walter de Pinchebek, que viveu por volta do ano 1300, havia na cidade de Hanse, no Norte da Alemanha, um estabelecimento mercantil chamado Easterling. Os sócios dessa firma eram reconhecidos como sendo tão íntegros nas suas transações, que receberam privilégios especiais no comércio e nos bancos. Os comerciantes da filial inglesa dessa firma obtiveram permissão para cunhar moedas com o seu próprio nome. Essas moedas eram cunhadas com a palavra Easterling. Compunham-se de 92,2% de prata e menos de 8% de liga (esta última era necessária para evitar que a prata se desgastasse muito rapidamente). Por fim, a palavra Easterling foi encurtada para sterling (esterlina) e daí em diante toda a prata que atinge essas especificações passou a ser marcada como esterlina.
No versículo de hoje, O Senhor é retratado como refinador de metais preciosos. Os refinadores de ouro e prata dos tempos bíblicos são descritos como estando sentados diante de uma fornalha, observando atentamente o processo de purificação, para que nada se perdesse do precioso metal (ver Isaías 1:25). Para que o resultado fosse o melhor, o refinador não aplicava calor de mais nem de menos. Quando o minério chegava ao ponto de fundir-se, a escória era removida sem danificar o precioso metal.
Deus frequentemente usa provas que parecem 'ardentes' para refinar o nosso carácter. Como o salmista diz: "Tu nos colocaste no fogo para nos purificar, como se faz com a prata." Salmo 66:10 (A Bíblia Viva).
"Esterlina" está para a prata assim como "cristão" deve estar para o carácter.

sábado, 29 de setembro de 2012

TRANSFORMADO POR UM HINO

Lembro as canções alegres que eu cantava à noite. Penso muito, examinando o meu espírito. Será que o Senhor me abandonou para sempre? Salmo 77:6 e 7 (A Bíblia Viva)

Um cântico pode exercer efeito poderoso sobre a vida espiritual de uma pessoa. Um exemplo disso aconteceu certa noite, há muitos anos, em Macau, território português enclavado na costa sudeste da China. O Coronel Russel H. Conewll, um turista americano que visitava a colónia, caminhava pelos famosos casinos do lugar. Parou ao passar por uma mesa na qual jogavam dois conterrâneos seus. Quando o mais velho dos dois homens ia distribuir as cartas do baralho, o mais jovem começou a cantarolar distraidamente a melodia do conhecido hino Tão Grato me é Lembrar.
De repente, o mais velho parou e perguntou:
- Harry, onde foi que aprendeste esse hino?
- Na escola dominical- respondeu o mais jovem.
Largando o baralho sobre a mesa, o jogador de mais idade exclamou:
- Joguei pela última vez!
Aquele homem tinha ganho 100 dólares no jogo com Harry. Tirando as notas da sua carteira, empurrou-as para o outro jogador e disse:
- Toma, Harry. Foi o que ganhei no jogo. Usa bem esse dinheiro e eu faço o mesmo com o meu. Lamento ter-te desencaminhado.
O coronel, que mais tarde se tornou num Pastor bem conhecido em Filadélfia ficou tão impressionado com a repentina mudança produzida pelo hino, que manteve contacto com os dois homens durante anos, e relatou que a reforma pela qual passaram naquela noite foi permanente.
Não há muito tempo, um líder da igreja foi convidado a falar para uma congregação de uma das ilhas do Pacífico Sul. A pregação foi precedida por um serviço de cânticos que consistia principalmente no chamado rock gospel. Quando ele se levantou para falar, não proferiu nenhuma censura sobre aquele tipo de música, mas começou simplesmente a cantar um antigo hino evangélico, com a sua voz cheia, de barítono. Ninguém ficou sem perceber a sua mensagem, e o efeito sobre o auditório foi visível.
A música tem um tremendo poder para o bem - ou para o mal. Ela pode tocar o coração humano, mais do que qualquer outra coisa. Graças a Deus pelos cânticos que transformam vidas permanentemente, para melhor!



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

BRINCAR COM FOGO

Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? Provérbios 6:27 e 28

Já ouviu falar de pessoas que andam sobre brasas e não se queimam? Talvez já tenha visto, como eu, filmes de hindus que caminham sobre brasas vivas, aparentemente negando o provérbio de Salomão. Não sei como o fazem; creio, no entanto, que de certa forma são ajudados pelo grande enganador.
Fred Hardin, um colega meu na Universidade de Potomac, assistiu a uma cerimónia dessas no Sri Lanka, a qual confirmou a observação de Salomão. Ele e um missionário de outra denominação viram alguns homens desses caminharem sobre brasas extremamente quentes, sem sofrerem nenhum estrago aparente nos seus pés. O companheiro de Hardin decidiu fazer uma tentativa semelhante.
Talvez tenha reclamado presunçosamente a promessa: "Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti." Isaías 43:2, cf. Levítico 18:21. Tirou os sapatos e as meias, dirigiu-se ao terreno incandescente e, no instante seguinte, estava a sair aos pulos, com os pés gravemente queimados.
As metáforas de Salomão no nosso texto referem-se ao sexo ilícito. Sabemos disso porque no versículo 29 ele fala do homem que comete adultério com a "mulher do seu próximo".
Num dos países onde morei, no qual a prostituição imperava, um dos missionários achou que Deus o estava a chamar especialmente para falar do evangelho às mulheres da rua. Foi advertido quanto ao perigo de envolver-se, mas ignorou as palavras de cautela - e durante algum tempo obteve grande sucesso. De tempos em tempos, relatava à sua mulher as maravilhosas vitórias que estava a conseguir e falava das almas já resgatadas. Ela suplicava para que ele parasse com aquilo, mas foi em vão. Finalmente, o obreiro precisou de deixar o campo missionário por ter caído em tentação.
Salomão está certo, sim. Não se pode brincar com o fogo do qual ele fala, sem acabar por sofrer graves queimaduras. O melhor rumo a seguir é permanecermos afastados tanto quanto possível desse tipo de fogo "estranho".

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MÃO AMIGA

Pedro... ficou cheio de pavor e começou a afundar-se. "Salve-me, Senhor!" gritou ele. No mesmo instante Jesus estendeu-lhe a mão e o salvou. Mateus 14:29 e 30 (A Bíblia Viva)

Há muitos anos a escuna Thomas M. N. Stone afundou-se ao largo da costa oriental dos Estados Unidos. O Comandante Newcomb e a sua tripulação de seis pessoas escaparam num bote salva-vidas. Foram resgatados alguns dias mais tarde pela embarcação África, que os levou a Nova Iorque.
Newcomb registou uma queixa junto das autoridades da Marinha, declarando que enquanto se encontravam à deriva, um barco a vapor de casco preto e uma só chaminé passara por eles a uns três quilómetros de distância, sem ter parado para prestar socorro. A tripulação do barco tinha obviamente visto o internacionalmente conhecido sinal de perigo (um cobertor preso a um remo), pois o vapor tinha tocado três vezes a sua buzina - mas prosseguira sem parar. Disse Newcomb: "Se eu soubesse o nome daquele barco e o do seu capitão, o mundo inteiro seria informado!"
Acho que nem sempre nos damos conta de que muitos náufragos no mar da vida são ignorados como aquele comandante e a sua tripulação.
A minha mulher e eu visitámos recentemente o nosso filho Don e família, na cidade de Paradise, Califórnia. Eu tinha trabalhado no estágio do ministério 40 anos antes, naquela mesma cidade. Enquanto andávamos por locais familiares para mim, mostrei à minha mulher o lugar onde tinha morado uma família de membros da igreja (vou chamar-lhes Clark). Quando os visitei, a Sra. Clark pediu-me que visitasse o seu filho de 19 anos de idade, que morava numa cabana próxima. Ela contou que ele não tinha amigos, nunca saía e estava simplesmente a desperdiçar a vida.
Quando bati e a porta se abriu, fui recebido pelo rosto mais triste que me recordo de ter visto na vida. Momentos depois, o rapaz desfazia-se em lágrimas. Devido à minha inexperiência, eu não sabia o que fazer. Li um versículo das Escrituras, fiz uma breve oração e fui-me embora. Pouco tempo depois, fui transferido para outro distrito e não dei continuidade àquela visita inicial, mas isso não era desculpa realmente para negligenciar o rapaz. Eu poderia pelo menos ter-lhe escrito uma carta animadora. A inexperiência não deve ser usada como pretexto para deixar de atender os que se encontram em necessidade.
Por todos os lados, ao nosso redor, há pessoas como aquele rapaz. Necessitam de um amigo. De alguém solícito. De alguém que as leve a Jesus, que nunca deixe de estender a mão para salvar. Você ou eu podemos ser esse amigo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DECIDA COMO AGIR

Sede todos de igual ânimo, compadecidos... não pagando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados. I Pedro 3:8 e 9

Os cristãos são chamados a viver a regra áurea, independentemente de como são tratados pelos outros. Isso é contrário à natureza humana caída, mas alguém que se tenha tornado participante da natureza divina é capacitado a viver por esse princípio.
Numa tarde, há vários anos, Sydney Harris, jornalista de Chicago, e um amigo seu dirigiram-se a uma banca de jornais e revistas. O amigo comprou um jornal e depois agradeceu ao vendedor. Este, por sua vez, mal reparou no comprador.
- Que tipo mal-humorado, não? - observou Harris.
- Há anos que compro o jornal aqui, mas ele nunca responde - disse calmamente o amigo.
- Porque, então, continuas a ser educado com ele? - quis saber Harris.
A resposta do amigo foi reveladora:
- Porque deveria eu deixar que ele decida como devo agir?
Quando paramos para pensar nisto, vemos que existe sabedoria verdadeira nesta filosofia. As pessoas que permitem que os outros decidam como elas devem agir, estão entre as mais infelizes do mundo. Todos nós conhecemos gente assim.
Alguns são semelhantes a anfíbios. A temperatura corporal dos anfíbios (um tipo de animais que inclui os sapos e a salamandra-aquática) é determinada pelo ambiente. Quando a temperatura ao redor de um anfíbio se eleva, a temperatura do corpo dele sobe; quando a temperatura ambiente baixa, a sua temperatura corporal cai.
Conhece alguém, por exemplo, que deixou de frequentar uma igreja porque os membros pareciam indiferentes? Ora se é verdade que a igreja é fria, também é verdade que essa pessoa assumiu a temperatura do seu ambiente...
Li a história de dois homens que viviam perto de um pantanal. Nenhum deles gostava de morar ali. Um deles mudou-se. O outro drenou o pântano e tornou-o habitável. Pergunte a si mesmo, assim como eu me pergunto: "Com qual desses homens eu me pareço mais?"

terça-feira, 25 de setembro de 2012

"EU ESCOLHI-VOS"

Não fostes vós que me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós. João 15:16

Wilfred Grenfell, famoso médico-missionário americano, conheceu uma jovem num navio, quando se dirigia ao seu campo de trabalho no exterior. Apaixonou-se por ela quase imediatamente, e dentro de muito pouco tempo declarou-lhe a sua intenção de casar com ela. Tomada de surpresa, a resposta da jovem foi:
- Mas como, se você nem sabe o meu nome? Rápido como um relâmpago, Grenfell respondeu: - Posso não saber o seu nome de solteira, mas sei qual vai ser o de casada. A jovem gostou da saída de Grenfell. Oportunamente, aceitou a proposta e o romance desabrochou num casamento feliz. Passaram muitos anos desafiadores no serviço de Deus.
Há tempos, li sobre um jovem que estudava num internato das Índias Ocidentais. Um dia, na fila para o almoço, ele expressou de modo inédito o interesse por uma colega. Passou-lhe um bilhetinho no qual tinha rabiscado as palavras do nosso texto. Ele também foi bem sucedido.
Mas nem sempre o resultado é esse. Afinal de contas, os seres humanos têm o direito de escolher; e quando se trata de romance e casamento, o homem propõe - mas a mulher dispõe!
Todos os seres moralmente responsáveis têm a faculdade de escolha. Quando nascemos de novo, escolhemos Cristo, mas na realidade estamos meramente confirmando uma escolha que foi Ele quem fez. Antes que escolhêssemos Cristo, Ele já nos tinha escolhido. Efésios 1:4 e 5 diz-nos que Deus fez essa escolha em Cristo "antes da fundação do mundo". A escolha inclui todos. "Deus não faz acepção de pessoas." Actos 10:34. Ele "deseja que todos os homens sejam salvos". 1 Timóteo 2:4.
Nem todas as pessoas, entretanto, serão salvas, porque podemos rejeitar a escolha que Deus fez. Ele poderia, logicamente, forçar-nos a aceitar a escolha d'Ele, mas nunca o fará porque deseja apenas o serviço de amor. Afinal, esse é o único tipo de serviço que vale a pena receber.
Hoje Deus convida-nos a confirmar a escolha que Ele fez a nosso respeito antes da fundação do mundo, quando nos escolheu como Seus filhos e filhas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

INSTRUIR CRIANÇAS

Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Salmo 128:3

Samuel Taylor Coleridge conversava certa vez com uma senhora que defendia a ideia segundo a qual as crianças não devem receber instrução religiosa; devem ser deixadas a crescer 'naturalmente'. Desse modo, elas tomariam decisões mais 'maduras', mais 'racionais', porque saberiam melhor o que estavam a fazer. Essa fllosofia parece plausível, mas certas coisas podem parecer plausíveis e ainda assim constituir um engano.
Coleridge escutou enquanto aquela mulher falava, e disse pouco. Depois, convidou-a a dar uma voltinha pelo jardim. Conduziu-a a um recanto onde cresciam apenas ervas daninhas.
- O que acha do meu jardim? - perguntou o poeta. - Não é bonito?
- Jardim? O senhor chama a isto jardim? Eu diria que é um canteiro de ervas daninhas.
- Bem - explicou Coleridge - há algum tempo, decidi não interferir no direito que essas plantas tinham de crescer como bem quisessem, até atingirem a maturidade.
A visitante entendeu.
Tive alguns familiares que apoiavam essa filosofia laissez faire (não intervencionista). Não foi surpresa o facto de os filhos deles não terem adoptado nenhuma religião depois de adultos. Os pais esqueceram-se de que uma vez defenderam e praticaram essa filosofia. Hoje lamentam o facto dos seus filhos troçarem da religião, não terem escrúpulos morais e rebelarem-se contra toda a autoridade.
Incutir princípios cristãos na mente das crianças não garante que elas os adoptem. Afinal de contas, os seres humanos foram criados com o poder de escolha e alguns, infelizmente, fazem a escolha errada (ver Josué 24:15 e Romanos 14:12). Mas uma educação adequada aumenta as probabilidades. Se, apesar da orientação cristã no lar, os filhos ainda seguirem o caminho errado, os pais podem pelo menos ter a satisfação de saber que fizeram o melhor ao seu alcance.