terça-feira, 4 de dezembro de 2012

RECONSTRUINDO RUÍNAS

Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90:17

Quando Thomas Carlyle, historiador e ensaísta inglês, concluiu o segundo volume da sua História da Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill, para que este fizesse as observações que achasse oportunas. Mill leu o manuscrito e emprestou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa noite, depois de o ler. Na manhã seguinte a empregada, que procurava qualquer coisa para acender o lume, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos antigos, usou-os para acender o fogo. Aquilo que tinha custado muitos anos de trabalho a Carlyle era agora cinza!
Quando Mill, branco como um lençol, relatou a terrível notícia a Carlyle, este ficou tão perturbado com a sua perda que não conseguiu fazer nada durante semanas. Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo a sua terrível perda, observou um pedreiro a reconstruir uma parede de tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.
"Pobre tonto", pensou Carlyle, "como pode estar tão alegre quando a vida é tão fútil?" Depois, repentinamente, teve outro pensamento. "Pobre tonto", disse ele de si mesmo, "estás aqui sentado junto à janela, queixando-te e lamentando-te, enquanto aquele homem reconstroi uma casa que durou gerações."
Levantando-se da cadeira, Carlyle começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolução Francesa. Segundo o seu próprio relato, e o daqueles que tiveram a oportunidade de ler ambas as versões da obra, a última foi bem melhor! A destruição dos nossos queridos sonhos não precisa de ser o fim do mundo. Pode ser o início de algo melhor!
Carlyle tem sido uma inspiração para muitos, no sentido de recomeçar depois de terem visto destruído o trabalho da sua vida. É improvável, entretanto, que o humilde pedreiro que deu a Carlyle a inspiração para começar de novo, tenha ficado a saber que ele teve participação em recriar uma obra-prima literária.
O nosso inconsciente exemplo cristão pode ser exactamente o incentivo de que alguém precisa para superar um fracasso na vida.