segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O QUE O PERDÃO PODE FAZER POR SI

Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há dolo. Salmo 32:1 e 2

Dois dias antes do Natal, Frank e Elizabeth Morris receberam um telefonema comunicando-lhes que o seu filho único, Ted, de 18 anos de idade, tinha ficado ferido num acidente grave. A pessoa instruía-os a dirigirem-se com urgência a um grande hospital em Nashville, Estado do Tennessee. Quando chegaram ao hospital, um neurocirurgião deu-lhes a triste notícia: Ted estava morto.
No dia seguinte, na polícia, o casal Morris soube que o outro motorista, Tommy Pigage, tinha sofrido apenas ferimentos leves. Por ocasião do acidente, o seu nível de álcool no sangue estava três vezes acima do limite legal. Ele foi acusado como assassino, mas depois de confessar-se culpado, a acusação foi reduzida para homicídio culposo. Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de sursis (liberdade condicional) com a condição de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de dez anos na prisão. Dizer que o casal Morris (especialmente Elizabeth) ficou revoltado com uma sentença tão branda, é dizer pouco.
Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o acto de conduzir sob a influência do álcool, Elizabeth ouviu Tommy contar que, ao saber da morte do Ted, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde, entretanto, ele foi apanhado a beber e foi preso para cumprir a sua pena de dez anos.
Apesar das emoções contraditórias, Elizabeth, uma cristã, começou a visitar Tommy na cadeia. Um dia, enquanto conversavam, ele pediu-lhe perdão.
- Eu perdoo-te - respondeu Elizabeth, acrescentando: - e gostaria que me perdoasses por eu te ter odiado.
- Ah, é claro - disse ele com emoção.
Numa visita posterior, Tommy contou a Elizabeth que queria muito parar de beber, mas não conseguia. Ela garantiu-lhe que ele poderia, com a ajuda de Deus. E ele conseguiu!
No dia 12 de Janeiro de 1985, Tommy foi baptizado. Mais tarde, ficou em liberdade condicional. O casal Morris começou a levá-lo para o seu lar e a tratá-lo como filho. Escrevendo para a edição de Janeiro de 1986 da revista Guide-post, Elizabeth disse que, depois disso, começou a sentir a paz que só Deus pode dar. E Tommy? Ele é uma pessaa diferente!
É isso que pode acontecer quando perdoamos - e somos perdoados.