segunda-feira, 24 de setembro de 2012

INSTRUIR CRIANÇAS

Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Salmo 128:3

Samuel Taylor Coleridge conversava certa vez com uma senhora que defendia a ideia segundo a qual as crianças não devem receber instrução religiosa; devem ser deixadas a crescer 'naturalmente'. Desse modo, elas tomariam decisões mais 'maduras', mais 'racionais', porque saberiam melhor o que estavam a fazer. Essa fllosofia parece plausível, mas certas coisas podem parecer plausíveis e ainda assim constituir um engano.
Coleridge escutou enquanto aquela mulher falava, e disse pouco. Depois, convidou-a a dar uma voltinha pelo jardim. Conduziu-a a um recanto onde cresciam apenas ervas daninhas.
- O que acha do meu jardim? - perguntou o poeta. - Não é bonito?
- Jardim? O senhor chama a isto jardim? Eu diria que é um canteiro de ervas daninhas.
- Bem - explicou Coleridge - há algum tempo, decidi não interferir no direito que essas plantas tinham de crescer como bem quisessem, até atingirem a maturidade.
A visitante entendeu.
Tive alguns familiares que apoiavam essa filosofia laissez faire (não intervencionista). Não foi surpresa o facto de os filhos deles não terem adoptado nenhuma religião depois de adultos. Os pais esqueceram-se de que uma vez defenderam e praticaram essa filosofia. Hoje lamentam o facto dos seus filhos troçarem da religião, não terem escrúpulos morais e rebelarem-se contra toda a autoridade.
Incutir princípios cristãos na mente das crianças não garante que elas os adoptem. Afinal de contas, os seres humanos foram criados com o poder de escolha e alguns, infelizmente, fazem a escolha errada (ver Josué 24:15 e Romanos 14:12). Mas uma educação adequada aumenta as probabilidades. Se, apesar da orientação cristã no lar, os filhos ainda seguirem o caminho errado, os pais podem pelo menos ter a satisfação de saber que fizeram o melhor ao seu alcance.