Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos. Hebreus 2:11
Há algum tempo, um estudante de um país do Terceiro Mundo foi para os Estados Unidos e em pouco tempo adoptou o estilo de vida americano. Depois de concluir o seu curso, voltou ao país de origem. A postos, para o receber, estavam os seus pais camponeses. Também presente estava um grupo de dignitários e oficiais do governo. Sentindo vergonha dos seus pais analfabetos, humildes e pobremente vestidos, o estudante fez de conta que não os viu e passou por eles. Pode imaginar como eles se sentiram.
O constrangimento por ser reconhecido como membro de um grupo social ou religioso que normalmente é desprezado ou considerado 'inferior' não é peculiaridade de pessoas de países do Terceiro Mundo. Essas pessoas encontram-se em quase toda a parte.
Há vários anos, trabalhei para uma instituição cristã juntamente com um homem que se envergonhava de ser reconhecido como cristão. Um dia, ele precisou de submeter-se a uma pequena cirurgia e foi internado num hospital próximo. O hospital era administrado por uma organização religiosa diferente da dele. Enquanto esse homem se recuperava, um pastor amigo meu foi visitá-lo.
No fim da visita, o pastor começou a inclinar a cabeça para fazer uma oração pelo rápido restabelecimento do nosso amigo. Mas antes que pudesse pronunciar uma palavra, o doente agitou os braços freneticamente e interrompeu-o. "Psiu! Não quero que o pessoal daqui saiba que eu sou ......." (e disse o nome da denominação).
Mais tarde soube-se por que razão aquele homem tinha vergonha de ser reconhecido como membro daquela igreja. A sua conduta incorrecta para com as enfermeiras traíra-lhe a vivência religiosa e as normas da igreja!
Quão gratos podemos ser por Jesus não Se envergonhar de nos chamar "irmãos", nós que somos pobres, fracos e pecadores reincidentes. Mas existe uma condição, e a condição é que não O neguemos diante dos outros (ver Mateus 10:33).
A verdade é esta: um cristão que anda como Jesus andou não tem nada de que se envergonhar.
O autor, Donald E. Mansell nasceu no Brasil, filho de missionários. Aos 7 anos de idade a família mudou-se para a Madeira e depois Açores. Mais tarde, a caminho de Moçambique e ao fazerem escala em Manila, pouco depois do ataque a Pearl Harbor, foram feitos prisioneiros pelos japoneses tendo estado em diferentes lugares da ilha de Luzon até serem libertos em 1945. Fez Licenciatura e Mestrado em Teologia nos EUA. Foi Pastor, Professor, Redactor. Livro editado pela Publicadora Atlântico em 1999.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
PODEMOS SER GUARDADOS DE TROPEÇOS
Ora, Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Judas 24 e 25
Aninhado num penhasco de cem metros de altura, em Portugal, encontra-se um velho mosteiro. Em 1946, os meus pais visitaram aquela impressionante estrutura enquanto esperavam vistos de entrada para Moçambique que era, nessa altura, uma colónia portuguesa. Para chegar ao topo, os meus pais tiveram de ser amarrados a uma grande cesta de vime. Vários monges os içaram por uma roldana e uma corda presa à cesta.
Conta-se que uma vez um turista, tendo-se acomodado confortavelmente na tal cesta para o precário passeio, perguntou a um dos monges com que frequência a corda era substituída. "Sempre que ela se rompe", respondeu o monge.
Se a nossa vida depende de algo ou de alguém, queremos ter a certeza de que essa pessoa ou coisa não nos vai deixar 'cair' num momento crítico. Assim é a nossa natureza. Aqueles que estudam os instintos humanos, dizem que o medo de cair é um dos poucos reflexos automáticos com os quais um bebé já nasce. Embora eu nunca tenha feito a experiência, dizem que, se uma pessoa segura um recém-nascido e faz um movimento súbito como se fosse deixá-lo cair, ele instintivamente estenderá os bracinhos como se fosse amortecer a queda.
O medo de 'cair' é uma experiência frequente daqueles que passaram pelo novo nascimento - ou pelo menos deveria ser (ver 1 Coríntios 10:12). Quando nascemos de novo, estamos diante de Deus como se nunca tivéssemos pecado. Mas, sendo a natureza humana como é, existe sempre a possibilidade de queda. Um cristão teme isso, não porque não possa confiar n'Aquele que o sustém, pois nada nos pode tirar da Sua mão (João 10:28) - a não ser nós mesmos - mas porque ainda precisamos de combater a tendência de cair em pecado, mesmo após a conversão.
Nada que seja de origem humana poderá manter-nos em pé para sempre. Mas no âmbito espiritual há Um que pode, se Lho permitirmos. A promessa é segura: "O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos." Deuteronómio 33:27.
Aninhado num penhasco de cem metros de altura, em Portugal, encontra-se um velho mosteiro. Em 1946, os meus pais visitaram aquela impressionante estrutura enquanto esperavam vistos de entrada para Moçambique que era, nessa altura, uma colónia portuguesa. Para chegar ao topo, os meus pais tiveram de ser amarrados a uma grande cesta de vime. Vários monges os içaram por uma roldana e uma corda presa à cesta.
Conta-se que uma vez um turista, tendo-se acomodado confortavelmente na tal cesta para o precário passeio, perguntou a um dos monges com que frequência a corda era substituída. "Sempre que ela se rompe", respondeu o monge.
Se a nossa vida depende de algo ou de alguém, queremos ter a certeza de que essa pessoa ou coisa não nos vai deixar 'cair' num momento crítico. Assim é a nossa natureza. Aqueles que estudam os instintos humanos, dizem que o medo de cair é um dos poucos reflexos automáticos com os quais um bebé já nasce. Embora eu nunca tenha feito a experiência, dizem que, se uma pessoa segura um recém-nascido e faz um movimento súbito como se fosse deixá-lo cair, ele instintivamente estenderá os bracinhos como se fosse amortecer a queda.
O medo de 'cair' é uma experiência frequente daqueles que passaram pelo novo nascimento - ou pelo menos deveria ser (ver 1 Coríntios 10:12). Quando nascemos de novo, estamos diante de Deus como se nunca tivéssemos pecado. Mas, sendo a natureza humana como é, existe sempre a possibilidade de queda. Um cristão teme isso, não porque não possa confiar n'Aquele que o sustém, pois nada nos pode tirar da Sua mão (João 10:28) - a não ser nós mesmos - mas porque ainda precisamos de combater a tendência de cair em pecado, mesmo após a conversão.
Nada que seja de origem humana poderá manter-nos em pé para sempre. Mas no âmbito espiritual há Um que pode, se Lho permitirmos. A promessa é segura: "O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos." Deuteronómio 33:27.
terça-feira, 5 de junho de 2012
LARGAR O PESO TODO
Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. I Pedro 5:7
A anedota seguinte pode ter sido inventada, mas ilustra um facto. De acordo com a história, quando um montanhês completou o seu septuagésimo quinto aniversário, um piloto de avião ofereceu-se para o levar a dar um passeio aéreo e sobrevoar as terras onde ele tinha vivido. Apreensivo a princípio, o idoso senhor finalmente aceitou o convite. Quando regressou a terra firme, um dos seus amigos perguntou:
- Então, o senhor não teve medo, tio Dudley?
- Não, não cheguei a ter medo. Sabes, eu não apoiei todo o meu peso no banco do avião!
Nós sorrimos, mas não é isso que acontece muitas vezes? Não confiamos completamente em Deus e podemos ser comparados ao homem que se arrastava ao longo de uma estradinha carregando um pesado fardo às costas. Um agricultor passou por ele numa carroça e ofereceu-lhe boleia. O homem aceitou. Depois de algum tempo, o agricultor observou que o homem continuava a carregar o fardo. Quando o agricultor insistiu para que ele o colocasse no chão da carroça o homem respondeu: "Não creio que o pobre cavalo aguente sozinho."
Quando se trata da salvação, é isso justamente que está correcto. "Do Senhor é a salvação." Salmo 3:8. Ela não nos pertence. Só temos que aceitá-la; não podemos fazer nada para merecê-la. Isso inclui tentar carregar o nosso próprio peso ou tentar 'ajudar' Deus a levar os nossos fardos.
Agora, para o 'homem natural', pode parecer razoável que uma pessoa tenha de fazer algo para conquistar ou merecer a salvação, mas esse não é o caminho de Deus. Precisamos de confiar n'Ele completamente. Temos de colocar sobre Ele os nossos fardos. Então Deus efectuará em nós "tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13) - e essas não são as nossas obras; são as d'Ele.
Será que hoje, ao examinar a sua vida, vai descobrir que nunca lançou todas as suas ansiedades sobre o Senhor ou que, tendo feito isso alguma vez no passado voltou a tomar o fardo sobre si próprio novamente? O bom convite de Deus é "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Largue o seu peso todo. Pode confiar que Deus o manterá (Salmo 55:22), pois Ele cuida de si.
A anedota seguinte pode ter sido inventada, mas ilustra um facto. De acordo com a história, quando um montanhês completou o seu septuagésimo quinto aniversário, um piloto de avião ofereceu-se para o levar a dar um passeio aéreo e sobrevoar as terras onde ele tinha vivido. Apreensivo a princípio, o idoso senhor finalmente aceitou o convite. Quando regressou a terra firme, um dos seus amigos perguntou:
- Então, o senhor não teve medo, tio Dudley?
- Não, não cheguei a ter medo. Sabes, eu não apoiei todo o meu peso no banco do avião!
Nós sorrimos, mas não é isso que acontece muitas vezes? Não confiamos completamente em Deus e podemos ser comparados ao homem que se arrastava ao longo de uma estradinha carregando um pesado fardo às costas. Um agricultor passou por ele numa carroça e ofereceu-lhe boleia. O homem aceitou. Depois de algum tempo, o agricultor observou que o homem continuava a carregar o fardo. Quando o agricultor insistiu para que ele o colocasse no chão da carroça o homem respondeu: "Não creio que o pobre cavalo aguente sozinho."
Quando se trata da salvação, é isso justamente que está correcto. "Do Senhor é a salvação." Salmo 3:8. Ela não nos pertence. Só temos que aceitá-la; não podemos fazer nada para merecê-la. Isso inclui tentar carregar o nosso próprio peso ou tentar 'ajudar' Deus a levar os nossos fardos.
Agora, para o 'homem natural', pode parecer razoável que uma pessoa tenha de fazer algo para conquistar ou merecer a salvação, mas esse não é o caminho de Deus. Precisamos de confiar n'Ele completamente. Temos de colocar sobre Ele os nossos fardos. Então Deus efectuará em nós "tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13) - e essas não são as nossas obras; são as d'Ele.
Será que hoje, ao examinar a sua vida, vai descobrir que nunca lançou todas as suas ansiedades sobre o Senhor ou que, tendo feito isso alguma vez no passado voltou a tomar o fardo sobre si próprio novamente? O bom convite de Deus é "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Largue o seu peso todo. Pode confiar que Deus o manterá (Salmo 55:22), pois Ele cuida de si.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
RECOMPENSA POR FAZER O BEM
Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o Seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. Hebreus 6:10
Num dia quente de Verão, há pouco mais de cem anos, um jovem estudante de Medicina ia de casa em casa numa comunidade rural do Estado de Maryland, Estados Unidos, vendendo livros para ter dinheiro para poder pagar os seus estudos. No fim da tarde, bateu à porta de uma casa de campo onde a única pessoa que encontrou foi uma rapariguinha adolescente. Depois de ele fazer a sua apresentação, a menina disse:
- Lamento muito, mas nós somos pobres e não temos condições para comprar livros.
O rapaz então perguntou:
- Poderia, por favor, dar-me um copo d'água?
- É claro. Mas nós temos leite fresquinho. Não quer antes um copo de leite em vez de água?
- Eu ficaria muito agradecido - respondeu o jovem.
Os anos passaram. O estudante de Medicina tornou-se um hábil médico.
Certo dia, percebeu que uma das pacientes vinha acompanhada por aquela jovem que tinha sido bondosa para com ele. A jovem, entretanto, não o reconheceu. As coisas começaram a acontecer. A senhora foi transferida para um quarto particular e passou a receber a melhor atenção que a ciência médica podia oferecer.
Depois de alguns dias, uma enfermeira disse-lhe:
- Amanhã pode voltar para casa.
- Fico feliz - respondeu a doente - mas a conta do hospital preocupa-me.
- Eu vou buscá-la e então veremos em quanto ficou.
Quando viu a conta, olhou logo para a última linha. Ficou chocada com a quantia elevada. Mas viu algumas palavras escritas atravessadas sobre o extracto da sua conta: "Totalmente pago por um copo de leite. - Dr. Howard A. Kelly."
A bondade compensa, mas nem sempre nesta vida.
Um cristão revela bondade aos outros, não porque esteja à espera de uma recompensa, nesta vida ou na vida futura, mas porque o amor de Cristo lhe controla as acções (ver 2 Coríntios 5:14). Um cristão permite que Cristo actue por seu intermédio e realize a "Sua boa vontade" (Filipenses 2:13) Os seus actos de bondade são simplesmente manifestações do amor de Cristo que lhe enche o coração.
Num dia quente de Verão, há pouco mais de cem anos, um jovem estudante de Medicina ia de casa em casa numa comunidade rural do Estado de Maryland, Estados Unidos, vendendo livros para ter dinheiro para poder pagar os seus estudos. No fim da tarde, bateu à porta de uma casa de campo onde a única pessoa que encontrou foi uma rapariguinha adolescente. Depois de ele fazer a sua apresentação, a menina disse:
- Lamento muito, mas nós somos pobres e não temos condições para comprar livros.
O rapaz então perguntou:
- Poderia, por favor, dar-me um copo d'água?
- É claro. Mas nós temos leite fresquinho. Não quer antes um copo de leite em vez de água?
- Eu ficaria muito agradecido - respondeu o jovem.
Os anos passaram. O estudante de Medicina tornou-se um hábil médico.
Certo dia, percebeu que uma das pacientes vinha acompanhada por aquela jovem que tinha sido bondosa para com ele. A jovem, entretanto, não o reconheceu. As coisas começaram a acontecer. A senhora foi transferida para um quarto particular e passou a receber a melhor atenção que a ciência médica podia oferecer.
Depois de alguns dias, uma enfermeira disse-lhe:
- Amanhã pode voltar para casa.
- Fico feliz - respondeu a doente - mas a conta do hospital preocupa-me.
- Eu vou buscá-la e então veremos em quanto ficou.
Quando viu a conta, olhou logo para a última linha. Ficou chocada com a quantia elevada. Mas viu algumas palavras escritas atravessadas sobre o extracto da sua conta: "Totalmente pago por um copo de leite. - Dr. Howard A. Kelly."
A bondade compensa, mas nem sempre nesta vida.
Um cristão revela bondade aos outros, não porque esteja à espera de uma recompensa, nesta vida ou na vida futura, mas porque o amor de Cristo lhe controla as acções (ver 2 Coríntios 5:14). Um cristão permite que Cristo actue por seu intermédio e realize a "Sua boa vontade" (Filipenses 2:13) Os seus actos de bondade são simplesmente manifestações do amor de Cristo que lhe enche o coração.
domingo, 3 de junho de 2012
PECADO ATREVIDO
Mas a pessoa que fizer alguma coisa atrevidamente, ...injuria ao Senhor. Números 15:30
Há algum tempo atrás, um velho amigo entrou no meu escritório. Durante a nossa conversa, ele contou que tinha recentemente feito algo contrário às praxes da sua organização empregadora. Eu devo ter demonstrado surpresa, porque ele reagiu dizendo: "Era mais fácil pedir desculpa do que pedir licença."
As praxes são regras feitas por homens. Não há nada de sacrossanto nelas, a menos, é óbvio, que envolvam questões éticas e morais. Digamos que estas últimas não estão envolvidas. Nesse caso, pode haver uma justificativa para agir de modo contrário às praxes humanas e subsequentemente pedir 'desculpa'. Mas agora façamos outra pergunta: será possível haver 'cristãos' que deliberadamente ajam contra a vontade revelada de Deus - com a intenção de lhe pedir perdão mais tarde? Creio que quase todos concordariam que isso é perfeitamente possível.
Todos nós conhecemos pessoas que parecem agir conscientemente contra as leis claras, divinas e humanas, que envolvem moralidade. É difícil julgar os motivos mas, pelas aparências, essas pessoas frequentemente tomam um rumo que viola de modo claro a lei moral, sem ligar às consequências - até serem apanhadas. Então, em penitência, elas suplicam perdão; e quem vai dizer que não estão arrependidas e que não merecem perdão? Mas o que dizer se a tal pessoa volta e repete a mesma ofensa na primeira oportunidade? Se alguém duvida que haja pessoas a agir dessa forma, provavelmente ainda não ouviu falar de recidiva. É altamente duvidoso que se possa chamar cristão a alguém que age dessa maneira para com Deus.
É perigoso pecar atrevidamente, só porque Deus é um Deus perdoador (ver Salmo 130:4; Êxodo 34:6 e 7). Isso pode levar ao pecado imperdoável (ver 12:31 e 32). Não porque esse pecado faça alguma coisa com Deus, pois Ele nunca muda, mas porque ele faz alguma coisa connosco. É por isso que precisamos de evitar o pecado premeditado. Devemos fazer a oração de David: "Também da soberba guarda o Teu servo, que ela não me domine; então ... ficarei livre de grande transgressão." Salmo 19:13.
Há algum tempo atrás, um velho amigo entrou no meu escritório. Durante a nossa conversa, ele contou que tinha recentemente feito algo contrário às praxes da sua organização empregadora. Eu devo ter demonstrado surpresa, porque ele reagiu dizendo: "Era mais fácil pedir desculpa do que pedir licença."
As praxes são regras feitas por homens. Não há nada de sacrossanto nelas, a menos, é óbvio, que envolvam questões éticas e morais. Digamos que estas últimas não estão envolvidas. Nesse caso, pode haver uma justificativa para agir de modo contrário às praxes humanas e subsequentemente pedir 'desculpa'. Mas agora façamos outra pergunta: será possível haver 'cristãos' que deliberadamente ajam contra a vontade revelada de Deus - com a intenção de lhe pedir perdão mais tarde? Creio que quase todos concordariam que isso é perfeitamente possível.
Todos nós conhecemos pessoas que parecem agir conscientemente contra as leis claras, divinas e humanas, que envolvem moralidade. É difícil julgar os motivos mas, pelas aparências, essas pessoas frequentemente tomam um rumo que viola de modo claro a lei moral, sem ligar às consequências - até serem apanhadas. Então, em penitência, elas suplicam perdão; e quem vai dizer que não estão arrependidas e que não merecem perdão? Mas o que dizer se a tal pessoa volta e repete a mesma ofensa na primeira oportunidade? Se alguém duvida que haja pessoas a agir dessa forma, provavelmente ainda não ouviu falar de recidiva. É altamente duvidoso que se possa chamar cristão a alguém que age dessa maneira para com Deus.
É perigoso pecar atrevidamente, só porque Deus é um Deus perdoador (ver Salmo 130:4; Êxodo 34:6 e 7). Isso pode levar ao pecado imperdoável (ver 12:31 e 32). Não porque esse pecado faça alguma coisa com Deus, pois Ele nunca muda, mas porque ele faz alguma coisa connosco. É por isso que precisamos de evitar o pecado premeditado. Devemos fazer a oração de David: "Também da soberba guarda o Teu servo, que ela não me domine; então ... ficarei livre de grande transgressão." Salmo 19:13.
sábado, 2 de junho de 2012
COMO LIDAR COM A INJUSTIÇA
Não te indignes por causa dos malfeitores, ... pois eles dentro em breve definharão como a relva, e murcharão como a erva verde. Confia no Senhor, e faz o bem. Salmo 37:1-3
Há alguns anos, na África, um grupo de habitantes de certa região atravessava uma estrada quando um deles foi atropelado por um carro e morreu. O motorista fugiu disparado. Os sobreviventes correram perseguindo-o mas não conseguiram alcançá-lo.
Voltando à cena do acidente, o grupo enlutado expressou o seu pesar, a sua raiva e frustração com altos berros e gesticulações selvagens. Em vez de continuar a viagem, iniciaram uma vigília junto ao corpo do companheiro morto.
Mais tarde, naquele dia, o motorista culpado regressou pelo mesmo caminho. Reconhecendo-lhe o carro, o grupo atirou pedras contra o veículo, e com boa pontaria. Desta vez o criminoso teve de parar. O pára-brisa ficou tão estilhaçado, que impossibilitava a visão da estrada. Felizmente o motorista conseguiu trancar as portas; caso contrário, teria sido despedaçado.
Quem eram os vingadores? Um bando de macacos babuínos!
Embora alguns possam argumentar que a vida de um babuíno não pode ser comparada com a vida de um ser humano, quem pode negar que - sob a óptica de um babuíno, pelo menos - o motorista em fuga não tenha recebido o castigo que bem merecia?
Nos relacionamentos humanos, costuma acontecer que o malfeitor não recebe a sua devida paga. Pode até sair impune. O ladrão que nunca é apanhado; o homem que mata mas não é descoberto; o adúltero que 'curte' a sua ligação ilícita e oculta - todos podem achar que saíram impunes, e talvez seja esse caso, mas apenas por enquanto.
O problema é que esses indivíduos se esquecem de que o dia do ajuste de contas chegará, quando o "Senhor, justo juiz" (2 Timóteo 4:8), "há-de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas". Eclesiastes 12:14.
Já foi prejudicado por alguém que ainda não recebeu o devido troco? O nosso texto de hoje traz um bom conselho: "Não te indignes por causa dos malfeitores." Depois de ter tomado a devida atitude com espírito cristão, deixe a injustiça nas mãos de Deus.
Há alguns anos, na África, um grupo de habitantes de certa região atravessava uma estrada quando um deles foi atropelado por um carro e morreu. O motorista fugiu disparado. Os sobreviventes correram perseguindo-o mas não conseguiram alcançá-lo.
Voltando à cena do acidente, o grupo enlutado expressou o seu pesar, a sua raiva e frustração com altos berros e gesticulações selvagens. Em vez de continuar a viagem, iniciaram uma vigília junto ao corpo do companheiro morto.
Mais tarde, naquele dia, o motorista culpado regressou pelo mesmo caminho. Reconhecendo-lhe o carro, o grupo atirou pedras contra o veículo, e com boa pontaria. Desta vez o criminoso teve de parar. O pára-brisa ficou tão estilhaçado, que impossibilitava a visão da estrada. Felizmente o motorista conseguiu trancar as portas; caso contrário, teria sido despedaçado.
Quem eram os vingadores? Um bando de macacos babuínos!
Embora alguns possam argumentar que a vida de um babuíno não pode ser comparada com a vida de um ser humano, quem pode negar que - sob a óptica de um babuíno, pelo menos - o motorista em fuga não tenha recebido o castigo que bem merecia?
Nos relacionamentos humanos, costuma acontecer que o malfeitor não recebe a sua devida paga. Pode até sair impune. O ladrão que nunca é apanhado; o homem que mata mas não é descoberto; o adúltero que 'curte' a sua ligação ilícita e oculta - todos podem achar que saíram impunes, e talvez seja esse caso, mas apenas por enquanto.
O problema é que esses indivíduos se esquecem de que o dia do ajuste de contas chegará, quando o "Senhor, justo juiz" (2 Timóteo 4:8), "há-de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas". Eclesiastes 12:14.
Já foi prejudicado por alguém que ainda não recebeu o devido troco? O nosso texto de hoje traz um bom conselho: "Não te indignes por causa dos malfeitores." Depois de ter tomado a devida atitude com espírito cristão, deixe a injustiça nas mãos de Deus.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
METAMORFOSE
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2
A expressão traduzida por "transformai-vos", no nosso texto, vem da palavra grega metamorphoo, "mudar, transfigurar, alterar na aparência". A nossa palavra "metamorfose" é derivada dessa raiz grega. Uma das definições de metamorfose é "mudança acentuada que tem a ver com desenvolvimento, na forma ou de um animal (como uma borboleta ou rã), e que ocorre após o nascimento".
A minha mulher e eu gostamos de jardinagem, mas se não tivermos cuidado, certas criaturas que passam por metamorfoses arruínam aquilo que plantamos. A natureza delas é assim. Chamam-se lagartas. A maioria das pessoas despreza essas criaturas destruidoras e rastejantes. Mas quando uma lagarta passa pela metamorfose, a sua natureza altera-se e ela emerge da crisálida como uma linda borboleta.
Nos primeiros séculos da era cristã, a borboleta era usada como símbolo da ressurreição. A ideia era a seguinte: assim como a natureza da lagarta se transforma pelo processo da metamorfose, assim também aqueles que morrem em Cristo serão transformados de mortais para imortais pela ressurreição na Segunda Vinda (ver 1 Coríntios 15:51-53).
Há um clube exclusivo na América, chamado Clube Lagarta. Admite só pessoas que tenham sobrevivido à queda de um avião, sem pára-quedas, e que tenham vivido para contar a história. Os seus membros crêem que receberam uma segunda oportunidade para viver, e não surpreende que a lagarta seja o símbolo da sua 'nova vida'.
A Bíblia ensina que o povo de Deus passará por uma metamorfose por ocasião da Segunda Vinda. Se quisermos experimentar essa mudança precisamos primeiro de experimentar a metamorfose da conversão - transformação que ocorre quando o Espírito Santo entra na nossa vida enos torna novas criaturas em Cristo. Em ambos os casos, é o poder de Deus que entra em acção. Alguns chamam a essa energia transformadora " o poder da ressurreição" (ver Filipenses 3:10).
Todos precisamos desse poder hoje!
A expressão traduzida por "transformai-vos", no nosso texto, vem da palavra grega metamorphoo, "mudar, transfigurar, alterar na aparência". A nossa palavra "metamorfose" é derivada dessa raiz grega. Uma das definições de metamorfose é "mudança acentuada que tem a ver com desenvolvimento, na forma ou de um animal (como uma borboleta ou rã), e que ocorre após o nascimento".
A minha mulher e eu gostamos de jardinagem, mas se não tivermos cuidado, certas criaturas que passam por metamorfoses arruínam aquilo que plantamos. A natureza delas é assim. Chamam-se lagartas. A maioria das pessoas despreza essas criaturas destruidoras e rastejantes. Mas quando uma lagarta passa pela metamorfose, a sua natureza altera-se e ela emerge da crisálida como uma linda borboleta.
Nos primeiros séculos da era cristã, a borboleta era usada como símbolo da ressurreição. A ideia era a seguinte: assim como a natureza da lagarta se transforma pelo processo da metamorfose, assim também aqueles que morrem em Cristo serão transformados de mortais para imortais pela ressurreição na Segunda Vinda (ver 1 Coríntios 15:51-53).
Há um clube exclusivo na América, chamado Clube Lagarta. Admite só pessoas que tenham sobrevivido à queda de um avião, sem pára-quedas, e que tenham vivido para contar a história. Os seus membros crêem que receberam uma segunda oportunidade para viver, e não surpreende que a lagarta seja o símbolo da sua 'nova vida'.
A Bíblia ensina que o povo de Deus passará por uma metamorfose por ocasião da Segunda Vinda. Se quisermos experimentar essa mudança precisamos primeiro de experimentar a metamorfose da conversão - transformação que ocorre quando o Espírito Santo entra na nossa vida enos torna novas criaturas em Cristo. Em ambos os casos, é o poder de Deus que entra em acção. Alguns chamam a essa energia transformadora " o poder da ressurreição" (ver Filipenses 3:10).
Todos precisamos desse poder hoje!
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