quinta-feira, 12 de abril de 2012

NÃO TE ALEGRES SE O TEU INIMIGO FALHAR

Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso, e Lhe desagrade. Provérbios 24:17 e 18

Embora a América se tenha envolvido em grandes guerras, não houve nenhuma mais sangrenta do que a Guerra Civil, na qual quase meio milhão de homens perderam a vida. Abraão Lincoln era o presidente dos Estados Unidos da América e Jefferson Davis, o chefe dos Estados Confederados durante aquele pavoroso banho de sangue.
Depois das forças do Norte terem capturado Richmond, a capital da Confederação, Lincoln ordenou que não houvesse 'entrada triunfal' na cidade. Alguns dias mais tarde, ele foi a Richmond com um pequeno grupo de acompanhantes e encaminhou-se ao escritório vazio de Davis. Pedindo aos dois oficiais que o acompanhavam que se retirassem, ele ficou sozinho na sala. Pouco depois, um dos oficiais ficou furioso e espiou para ver o que Lincoln estava a fazer. Nunca esqueceu o que viu. Lincoln estava sentado, a cabeça inclinada sobre a escrivaninha de Davis, o rosto enterrado nas mãos, enquanto lágrimas lhe corriam pela face.
Era isso que acontecia com aquele grande homem. Embora permanecesse firme como um rochedo no posto de comandante-chefe das forças armadas da União, não sentia prazer na derrota dos seus inimigos. O mundo seria um lugar melhor se houvesse mais pessoas como ele.
No discurso que fez ao assumir o seu segundo mandato, discurso proferido apenas alguns dias antes de ser assassinado, Lincoln apelou: "Sem maldade para com quem quer que seja; com caridade para com todos; com firmeza pelo direito, segundo a visão que Deus nos der do que é correcto, esforcemo-nos por concluir a obra na qual estamos empenhados - pensar as feridas da Nação." Se ele tivesse continuado vivo, é bem provável que a rivalidade entre o Norte e o Sul não se tivesse prolongado por tanto tempo e com tanta ferocidade, como aconteceu.
Nós podemos aprender muito da magnanimidade de Lincoln para com os seus inimigos. Você, por acaso, já lutou diligentemente pela fé que uma vez foi entregue aos santos (ver Judas 3) - e venceu - só para permitir que a sua pecaminosa natureza humana reassumisse o comando, e o levasse a regozijar-se com a derrota do seu oponente? Se já conquistámos alguma vitória em nome da fé, sejamos magnânimos e lembremo-nos de que a glória pertence a Deus, e não a nós.