quarta-feira, 11 de abril de 2012

A MENINA CATIVA

Disse ela à sua senhora: Oxalá o meu Senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. 2 Reis 5:3

Nós não sabemos o seu nome, desconhecemos a sua idade, mas sabemos que era uma menina judia, talvez ainda criança, pois o escritor de 2 Reis 5 fala dela como sendo 'menina' (verso 2). Ela pode muito bem ter sido filha de um dos chamados 'discípulos dos profetas' (ver 2 Reis 2:3; 4:1), porque cria no Deus verdadeiro, ao contrário de muitos dos seus compatriotas daquela época.
Também sabemos que ela foi sequestrada por um bando de soldados sírios saqueadores e levada para uma terra estranha, e também que era escrava da esposa de Naamã, um dos grandes generais da Síria.
Apesar de ter sido tirada à força do seu país, ela possuía dentro de si uma coisa que ninguém poderia remover - a fé no Deus verdadeiro. Por causa da sua fé, ela pôde enfrentar a situação da melhor maneira possível e até chegar a gostar das pessoas que a tinham privado das coisas terrenas que mais amava. Aí estava uma cristã, muito antes de Cristo nascer.
Depois de contar sobre a grandeza de Naamã, o escritor da narrativa acrescenta uma frase terrível: "porém leproso" (verso 1). Naqueles dias, não havia cura para essa doença terrível, mas a menina cativa cria que Jeová, por intermédio do Seu profeta Eliseu, podia curar Naamã. E isso apesar do facto de que havia "muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu ... nenhum deles ... purificado". Lucas 4:27.
Com a sua corajosa fé e boa vontade, essa criada cativa enriqueceu o lar onde vivia. Enriqueceu o povo da Síria. Mais importante do que tudo, porém, ela enriqueceu todos os que viveram a partir do seu tempo e leram essa história, incluindo você e eu.
Que nunca passemos pela experiência do cativeiro numa terra estranha como essa menina; mas nenhum de nós está imune a uma repentina mudança. Eu, por exemplo, nunca tinha sonhado ser um dia prisioneiro na Segunda Guerra Mundial, mas fui. Assim, aconteça o que acontecer, podemos agradecer a Deus o exemplo maravilhoso da pequena cativa.