segunda-feira, 11 de junho de 2012

PERDÃO REVOGADO

Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu, também, tive misericórdia de ti? E indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também, meu Pai celestial se de coração não perdoardes, cada um, a seu irmão, as suas ofensas. Mateus 18:32-35

Há alguns anos, um homem do Estado de Kentucky, EUA, chamado Lucien Young, soube que um seu velho amigo, Samuel Holmes, se encontrava numa penitenciária e ainda tinha mais oito anos de pena por cumprir. Dirigindo-se à prisão, Lucien perguntou ao carcereiro se poderia conversar com o seu velho amigo. Recebeu autorização. Durante quase duas horas os dois homens conversaram e riram, recordando algumas das suas travessuras da juventude.
Posteriormente Lucien, que era bastante amigo do governador Blackburn, foi à mansão do Executivo e pediu que o governador perdoasse ao seu amigo. O governador pediu o prazo de uma semana para pensar no assunto. Quando a semana terminou, Lucien voltou ao escritório do governador.
- Aqui está o perdão - disse o governador, estendendo o documento a Lucien. - Mas antes de o entregar a Samuel, quero que converse mais algumas horas com ele. Se no fim da conversa achar que ele deve mesmo ser perdoado, eu concedo-lhe a liberdade condicional, desde que se responsabilize.
- Entendido - disse Lucien.
Lucien correu à prisão e mais uma vez obteve licença para conversar com o seu amigo. Durante o transcorrer da visita, Lucien perguntou casualmente:
- Sam, quando você sair daqui, eu gostaria que fosse meu sócio. Concorda? Posso até tentar tirá-lo daqui antes do fim da sua pena.
Sam ficou em pé e caminhou um pouco de um lado para o outro. Quando voltou a falar com Lucien, disse:
- Está bem. Mas antes terei de resolver um negócio.
- Que negócio, Sam?
- Primeiro, vou matar o juiz e depois a testemunha que me mandou para cá.
Lucien saiu da prisão e devolveu ao governador o documento do perdão. Censurá-lo-ia?
Se nós não perdoamos aos outros, será de admirar que Deus revogue o perdão que nos concede? (Ver Ezequiel 18:24 e 25.)