quarta-feira, 20 de junho de 2012

NÃO O HOMEM, MAS A MENSAGEM

Alguns efectivamente proclamam a Cristo por inveja, sem sinceridade. ...Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei. Filipenses 1:15; 17 e 18

O meu pai nasceu em Minneapolis, Estado de Minnesota, em 1889, mas os seus antepassados vieram da Nova Inglaterra. A família Mansell viveu lá durante 150 anos. Em 1960, o meu pai e eu decidimos ir ao Estado do Maine e fazer as pesquisas relacionadas com os nossos ascendentes. Enquanto mergulhávamos em alguns interessantes materiais de consulta na Prefeitura de Brewer, encontrámos um livro que continha várias anotações curiosas. Um pregador (ainda bem que não era um parente ou antepassado) tinha o seguinte comentário ao lado do seu nome: "Ele pregava tão bem no púlpito, que era uma pena quando precisava deixá-lo; mas fora do púlpito vivia tão vergonhosamente, que era uma pena que precisasse voltar a ele outra vez." Nunca me esqueci desse comentário tão contundente. (Mais tarde fiquei a saber que essas palavras eram uma paráfrase de uma declaração de João Wesley, fundador do Metodismo).
Que triste comentário sobre servos de Deus! Esse tipo de hipócrita existia no tempo de Paulo, existe hoje e, infelizmente, não se limita a pregadores. Contudo, apesar da hipocrisia, Paulo ainda se regozija, como o nosso texto indica! Porquê? Talvez uma ilustração explique o motivo.
No início da década de 1850, Elisha Kane (marido de Margaret Fox, uma das fundadoras do moderno Espiritismo) conduziu várias tentativas para alcançar o Pólo Norte. Numa dessas viagens, Kane cortou um pedaço transparente de gelo, modelou-o numa espécie de lente, segurou-o contra o sol e focalizou os raios sobre uma pilha de lenha seca. Houve combustão. Os esquimós ficaram estupefactos com essa 'magia'. Como podia o gelo frio produzir fogo quente? A resposta, naturalmente, era que a frieza do gelo nada tinha a ver com os raios do sol que por ele passavam.
Assim, se homens indignos ou mulheres cuja vida não seja um exemplo de virtude forem usados para converter pecadores, não nos escandalizemos. Em vez disso, agradeçamos a Deus porque o Sol da justiça atingiu corações com os Seus raios que trazem cura.