Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. Hebreus 11:10
O laureado chileno, Paulo Neruda, no seu conhecido discurso pronunciado em Estocolmo, Suécia, em 1971, quando recebeu o cobiçado Prémio Nobel da Literatura, assim se expressou: "Só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade a todos os homens."
Mas, esta não é certamente a cidade anunciada pelos profetas antigos, da qual Deus é o arquitecto e fundador. No seu eloquente discurso, o poeta referia-se ao 'paraíso' sonhado pelos que se inspiram nos ideais marxistas. (Em virtude das suas convicções materialistas, Neruda jamais aceitou a ideia de uma nova ordem social, segundo o modelo bíblico).
Nessa cidade socialista, como de resto em todas as outras que se fundam sobre sistemas humanos, prevalecerão a corrupção, o ódio, a injustiça, e os demais males que caracterizam a natureza humana.
Mas, na nova cidade que Deus está a preparar, a incerteza e a angústia não mais existirão. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniquidade." "Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará." Isaías 33:24; 35:5, 6.
Quão frisante é o contraste entre a vida presente com as suas tragédias, pesares e debilidades, e esta nova ordem social prometida nas Escrituras!
Com entusiasmo o homem edifica uma mansão na qual sonha viver muitos anos. A vida afigura-se-lhe risonha. Eis, porém, que um dia um diagnóstico médico o faz estremecer. A presença perversa de um cancro anuncia a morte indesejada. E a tragédia abate-se implacável, destruindo os planos de uma vida. "Destino cruel", comentam os amigos, enquanto um estranho se muda para aquela mansão, desfrutando os frutos do trabalho de alguém que morreu prematuramente.
Quão diferentes serão as condições no Paraíso restaurado por Deus! Nele os remidos "edificarão casas, e as habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto." (Isaías 65:22). Isto ultrapassa os limites da compreensão humana; mas constitui uma confortadora realidade.
"Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura." (Hebreus 13:14). "A nossa cidade está nos céus." (Filipenses 3:20). Não seremos mais "estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus." Efésios 2:19.
Enoch de Oliveira in Cada Dia com Deus
O autor, Donald E. Mansell nasceu no Brasil, filho de missionários. Aos 7 anos de idade a família mudou-se para a Madeira e depois Açores. Mais tarde, a caminho de Moçambique e ao fazerem escala em Manila, pouco depois do ataque a Pearl Harbor, foram feitos prisioneiros pelos japoneses tendo estado em diferentes lugares da ilha de Luzon até serem libertos em 1945. Fez Licenciatura e Mestrado em Teologia nos EUA. Foi Pastor, Professor, Redactor. Livro editado pela Publicadora Atlântico em 1999.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
O NOME QUE SALVA
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Actos 4:12
Em 1727, recém-saído do seminário de Oxford, João Wesley, um dos fundadores do metodismo, ficou perplexo com os problemas sociais da Inglaterra: escravidão, exploração dos pobres, alcoolismo e prostituição. Tornou-se ministro da igreja estabelecida e em 1735 partiu como missionário entre os índios americanos na costa da Geórgia.
Na viagem para a América, o navio foi quase engolido por uma terrível tempestade. Muitos passageiros, inclusive Wesley, não se envergonharam de demonstrar o medo de perder a vida. Wesley observou, no entanto, a calma de um grupo de missionários da Morávia. Mais tarde ele perguntou a um dos componentes do grupo a razão por que ele não ficara com medo.
- Porque deveria eu ter medo? - perguntou o morávio. - Eu conheço Jesus! - Depois perguntou a Wesley: - Você conhece Jesus?
Wesley sabia, no seu coração, que a resposta teria de ser negativa, e não respondeu. Os seus esforços na Geórgia foram um melancólico fracasso, e em 1738 ele embarcou num navio, regressando à sua pátria.
De volta à Inglaterra, encontrou Peter Boehler, um missionário morávio nas Carolinas, o qual convidou Wesley para um culto de oração. Naquela noite, 24 de Maio de 1738, Wesley converteu-se. Mais tarde, referindo-se a essa experiência, escreveu: "Faltavam quinze minutos para as nove ... quando senti o meu coração estranhamente aquecido. Senti que (agora) conhecia Jesus, Jesus somente, como o meu Salvador."
Até àquele momento, como ele mesmo contou, Wesley confiava no seu próprio carácter recto para a salvação. Mas agora, convertido e entusiasmado para a obra de Deus, lançou o poderoso movimento metodista.
Há poder no nome de Cristo. Não que algum nome em si tenha poder, mas a fé na personalidade e no poder do possuidor desse nome efectua a mudança. Quando, pela fé, abrimos o nosso coração numa entrega total a Cristo, ocorre uma mudança para melhor. Pode ser dramática, como a transformação que Paulo experimentou na estrada para Damasco, ou pode ser uma experiência gradual, como a de Timóteo. Mas uma transformação vai ocorrer - se a nossa entrega a Jesus for total e sem reservas.
Pode escutar o lindo cântico O Nome Cristo em Links - 5M
Em 1727, recém-saído do seminário de Oxford, João Wesley, um dos fundadores do metodismo, ficou perplexo com os problemas sociais da Inglaterra: escravidão, exploração dos pobres, alcoolismo e prostituição. Tornou-se ministro da igreja estabelecida e em 1735 partiu como missionário entre os índios americanos na costa da Geórgia.
Na viagem para a América, o navio foi quase engolido por uma terrível tempestade. Muitos passageiros, inclusive Wesley, não se envergonharam de demonstrar o medo de perder a vida. Wesley observou, no entanto, a calma de um grupo de missionários da Morávia. Mais tarde ele perguntou a um dos componentes do grupo a razão por que ele não ficara com medo.
- Porque deveria eu ter medo? - perguntou o morávio. - Eu conheço Jesus! - Depois perguntou a Wesley: - Você conhece Jesus?
Wesley sabia, no seu coração, que a resposta teria de ser negativa, e não respondeu. Os seus esforços na Geórgia foram um melancólico fracasso, e em 1738 ele embarcou num navio, regressando à sua pátria.
De volta à Inglaterra, encontrou Peter Boehler, um missionário morávio nas Carolinas, o qual convidou Wesley para um culto de oração. Naquela noite, 24 de Maio de 1738, Wesley converteu-se. Mais tarde, referindo-se a essa experiência, escreveu: "Faltavam quinze minutos para as nove ... quando senti o meu coração estranhamente aquecido. Senti que (agora) conhecia Jesus, Jesus somente, como o meu Salvador."
Até àquele momento, como ele mesmo contou, Wesley confiava no seu próprio carácter recto para a salvação. Mas agora, convertido e entusiasmado para a obra de Deus, lançou o poderoso movimento metodista.
Há poder no nome de Cristo. Não que algum nome em si tenha poder, mas a fé na personalidade e no poder do possuidor desse nome efectua a mudança. Quando, pela fé, abrimos o nosso coração numa entrega total a Cristo, ocorre uma mudança para melhor. Pode ser dramática, como a transformação que Paulo experimentou na estrada para Damasco, ou pode ser uma experiência gradual, como a de Timóteo. Mas uma transformação vai ocorrer - se a nossa entrega a Jesus for total e sem reservas.
Pode escutar o lindo cântico O Nome Cristo em Links - 5M
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
DEDICAÇÃO TOTAL
Mas meus irmãos, que subiram comigo, desesperaram o povo; eu, porém, perseverei em seguir o Senhor meu Deus. Josué 14:8
William Booth (1829-1912) fundou o Exército da Salvação em 1878, e é lembrado pelos seus bem sucedidos esforços em favor do reerguimento dos desfavorecidos, especialmente os alcoólatras. Aprendiz de penhorista, bem jovem ainda, Booth testemunhou em primeira mão a miséria causada pelo álcool e dedicou o resto da sua vida na luta contra a pobreza e degradação associadas à intemperança.
Num período de dez anos após o estabelecimento dessa organização, muitos em Inglaterra combatiam Booth e os seus seguidores. Os salvacionistas eram atirados ao chão, pisados ou brutalmente assaltados. Muitos foram levados para as prisões por terem pregado o evangelho. Mas Booth e os seus adeptos perseveraram. Com o tempo, o mundo passou a reconhecer os seus esforços voltados para uma sociedade melhor. Antes da sua morte, recebeu o título de Cidadão de Londres; a Universidade Oxford outorgou-lhe um doutoramento honorário e ele foi convidado para a coroação de Eduardo VII. Nenhuma dessas homenagens, entretanto, o desviou da sua dedicação a Deus.
Quando o Dr. Wilbur J. Chapman lhe perguntou qual era o segredo do sucesso, Booth respondeu: "Deus recebeu tudo o que havia em mim. Há homens com uma inteligência maior que a minha; homens com mais oportunidades do que eu; mas a partir do dia em que coloquei os pobres de Londres no meu coração, e tive uma visão daquilo que Jesus Cristo poderia fazer por essas pessoas, decidi que Deus teria tudo o que havia em William Booth."
Mais tarde, o Dr. Chapman comentou acerca desta dedicação: "A grandeza do poder de um homem é a medida da sua entrega."
Outra pessoa cristã coloca essa verdade nestes termos: "Não há limites à utilidade daquele que, pondo de parte o próprio eu, abre margem para a operação do Espírito Santo no seu coração, e vive uma vida inteiramente consagrada a Deus." - Serviço Cristão, pág. 254.
É essa espécie de dedicação que Deus espera de si e de mim.
William Booth (1829-1912) fundou o Exército da Salvação em 1878, e é lembrado pelos seus bem sucedidos esforços em favor do reerguimento dos desfavorecidos, especialmente os alcoólatras. Aprendiz de penhorista, bem jovem ainda, Booth testemunhou em primeira mão a miséria causada pelo álcool e dedicou o resto da sua vida na luta contra a pobreza e degradação associadas à intemperança.
Num período de dez anos após o estabelecimento dessa organização, muitos em Inglaterra combatiam Booth e os seus seguidores. Os salvacionistas eram atirados ao chão, pisados ou brutalmente assaltados. Muitos foram levados para as prisões por terem pregado o evangelho. Mas Booth e os seus adeptos perseveraram. Com o tempo, o mundo passou a reconhecer os seus esforços voltados para uma sociedade melhor. Antes da sua morte, recebeu o título de Cidadão de Londres; a Universidade Oxford outorgou-lhe um doutoramento honorário e ele foi convidado para a coroação de Eduardo VII. Nenhuma dessas homenagens, entretanto, o desviou da sua dedicação a Deus.
Quando o Dr. Wilbur J. Chapman lhe perguntou qual era o segredo do sucesso, Booth respondeu: "Deus recebeu tudo o que havia em mim. Há homens com uma inteligência maior que a minha; homens com mais oportunidades do que eu; mas a partir do dia em que coloquei os pobres de Londres no meu coração, e tive uma visão daquilo que Jesus Cristo poderia fazer por essas pessoas, decidi que Deus teria tudo o que havia em William Booth."
Mais tarde, o Dr. Chapman comentou acerca desta dedicação: "A grandeza do poder de um homem é a medida da sua entrega."
Outra pessoa cristã coloca essa verdade nestes termos: "Não há limites à utilidade daquele que, pondo de parte o próprio eu, abre margem para a operação do Espírito Santo no seu coração, e vive uma vida inteiramente consagrada a Deus." - Serviço Cristão, pág. 254.
É essa espécie de dedicação que Deus espera de si e de mim.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
O QUE CONTA É O CARÁCTER
O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior; porém o Senhor, o coração. I Samuel 16:7
Poucas pessoas se sentem completamente satisfeitas com a sua aparência física. Se fosse possível escolher, a maioria optaria por uma aparência diferente. Mas alguns vão longe demais, a ponto de permitir que a sua aparência, boa ou má, lhes estrague a vida. Em ambos os casos, o eu é o ponto central.
Charles William Eliot nasceu em 1834, com o rosto gravemente desfigurado. Naquele tempo, as pessoas não sabiam como ajudar nesse tipo de situação. Certo dia, quando ele tinha idade suficiente para entender, a sua mãe chamou-o e disse-lhe:
- Meu filho, não existe maneira de te livrares desse problema, mas com a ajuda de Deus podes cultivar um intelecto e uma alma tão nobres, que as pessoas se esqueçam de como é a tua face.
Que mãe tão sábia!
Charles guardou essas palavras no coração. Em vez de ruminar o seu infortúnio e desejar uma aparência mais bela, ele cultivou dons intelectuais e espirituais. Tornou-se educador e líder em questões públicas. Aos 35 anos de idade, foi eleito reitor da Universidade Harvard, um cargo que manteve durante 40 anos. Por ocasião da sua reforma, tinha deixado à Harvard um renome mundial.
Considera-se que ele exerceu sobre os seus compatriotas uma influência muito mais ampla do que a de um dignitário académico comum. Durante os seus últimos anos de vida, era consultado não apenas em questões educacionais, mas também em assuntos políticos, industriais, sociais e espirituais.
Não há nada intrinsecamente errado em desejar melhorar a nossa aparência física. Hoje em dia, muitas dessas deformidades podem ser corrigidas por cirurgia plástica. Entretanto, se a nossa aparência não é das piores e ainda queremos um melhoramento exterior e cosmético, talvez seja caso para nos perguntarmos:
"Qual é a minha motivação? É a vaidade?"
Por outro lado, se temos uma bela aparência, isso não é motivo para nos sentirmos convencidos. Acidentes podem destruir a aparência mais bela num momento. Assim, a pergunta importante é: "Está 'o homem interior do (meu) coração' (I Pedro 3:4) a atrair a atenção dos outros para Cristo?"
Poucas pessoas se sentem completamente satisfeitas com a sua aparência física. Se fosse possível escolher, a maioria optaria por uma aparência diferente. Mas alguns vão longe demais, a ponto de permitir que a sua aparência, boa ou má, lhes estrague a vida. Em ambos os casos, o eu é o ponto central.
Charles William Eliot nasceu em 1834, com o rosto gravemente desfigurado. Naquele tempo, as pessoas não sabiam como ajudar nesse tipo de situação. Certo dia, quando ele tinha idade suficiente para entender, a sua mãe chamou-o e disse-lhe:
- Meu filho, não existe maneira de te livrares desse problema, mas com a ajuda de Deus podes cultivar um intelecto e uma alma tão nobres, que as pessoas se esqueçam de como é a tua face.
Que mãe tão sábia!
Charles guardou essas palavras no coração. Em vez de ruminar o seu infortúnio e desejar uma aparência mais bela, ele cultivou dons intelectuais e espirituais. Tornou-se educador e líder em questões públicas. Aos 35 anos de idade, foi eleito reitor da Universidade Harvard, um cargo que manteve durante 40 anos. Por ocasião da sua reforma, tinha deixado à Harvard um renome mundial.
Considera-se que ele exerceu sobre os seus compatriotas uma influência muito mais ampla do que a de um dignitário académico comum. Durante os seus últimos anos de vida, era consultado não apenas em questões educacionais, mas também em assuntos políticos, industriais, sociais e espirituais.
Não há nada intrinsecamente errado em desejar melhorar a nossa aparência física. Hoje em dia, muitas dessas deformidades podem ser corrigidas por cirurgia plástica. Entretanto, se a nossa aparência não é das piores e ainda queremos um melhoramento exterior e cosmético, talvez seja caso para nos perguntarmos:
"Qual é a minha motivação? É a vaidade?"
Por outro lado, se temos uma bela aparência, isso não é motivo para nos sentirmos convencidos. Acidentes podem destruir a aparência mais bela num momento. Assim, a pergunta importante é: "Está 'o homem interior do (meu) coração' (I Pedro 3:4) a atrair a atenção dos outros para Cristo?"
sábado, 25 de fevereiro de 2012
QUÃO TOLOS SÃO OS MORTAIS!
Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam. Salmo 14:2 e 3
Durante os anos em que os meus pais foram missionários no arquipélago dos Açores, o Sr. George Hayes era o cônsul britânico naquelas ilhas. Ocasionalmente, ele ou a sua esposa convidavam-me a mim e ao meu irmão para irmos a casa deles, ler ou brincar com a sua filha Yvonne, que tinha mais ou menos a nossa idade. Às vezes passávamos horas a ler revistas. Uma revista, chamada Punch, interessava-me sempre muito. Trazia no cabeçalho a gravura de um personagem com um longo nariz adunco e um sorriso forçado. Sob a gravura apareciam estas palavras: "Quão tolos são estes mortais!"
De acordo com o versículo desta manhã, isso é verdade no que diz respeito a todos nós. Às vezes, as pessoas aparentemente mais inteligentes fazem coisas bem disparatadas. Salomão é um exemplo típico disso. Dotado de inteligência superior, esse poderoso monarca chegou ao ponto de esquecer que os seus elevados talentos eram dons de Deus. Durante algum tempo, ele perdeu de vista o Doador dos seus dons.
Foi nessa mesma armadilha que Lúcifer caiu (ver Ezequiel 28:12, 15 e 17) - e na qual muitos de nós também somos propensos a cair (ver I Timóteo 3:6). Muitas pessoas a quem Deus concedeu capacidades excepcionais agem como se elas tivessem conquistado, ou de algum modo merecido, esses dons. Com frequência, essa atitude é revelada pelo modo altivo como tratam os menos afortunados ou dotados. Quão tolos somos nós, mortais, quando actuamos dessa forma!
Se Deus nos concedeu capacidades especiais, isso de modo nenhum justifica uma atitude orgulhosa da nossa parte ou o desprezo para com os menos dotados. Em vez disso, deveríamos reconhecer que essas bençãos constituem dádivas a serem empregues para trazer honra e glória ao Doador, e beneficiar os nossos semelhantes.
Deus concede, em vários graus, dons e talentos a cada pessoa - e isso inclui-o a si e a mim (ver I Coríntios 12:4). Demonstremos, pelas nossas acções, que reconhecemos a verdadeira Fonte dos nossos dons, usando-os para a glória de Deus e o bem dos outros.
Durante os anos em que os meus pais foram missionários no arquipélago dos Açores, o Sr. George Hayes era o cônsul britânico naquelas ilhas. Ocasionalmente, ele ou a sua esposa convidavam-me a mim e ao meu irmão para irmos a casa deles, ler ou brincar com a sua filha Yvonne, que tinha mais ou menos a nossa idade. Às vezes passávamos horas a ler revistas. Uma revista, chamada Punch, interessava-me sempre muito. Trazia no cabeçalho a gravura de um personagem com um longo nariz adunco e um sorriso forçado. Sob a gravura apareciam estas palavras: "Quão tolos são estes mortais!"
De acordo com o versículo desta manhã, isso é verdade no que diz respeito a todos nós. Às vezes, as pessoas aparentemente mais inteligentes fazem coisas bem disparatadas. Salomão é um exemplo típico disso. Dotado de inteligência superior, esse poderoso monarca chegou ao ponto de esquecer que os seus elevados talentos eram dons de Deus. Durante algum tempo, ele perdeu de vista o Doador dos seus dons.
Foi nessa mesma armadilha que Lúcifer caiu (ver Ezequiel 28:12, 15 e 17) - e na qual muitos de nós também somos propensos a cair (ver I Timóteo 3:6). Muitas pessoas a quem Deus concedeu capacidades excepcionais agem como se elas tivessem conquistado, ou de algum modo merecido, esses dons. Com frequência, essa atitude é revelada pelo modo altivo como tratam os menos afortunados ou dotados. Quão tolos somos nós, mortais, quando actuamos dessa forma!
Se Deus nos concedeu capacidades especiais, isso de modo nenhum justifica uma atitude orgulhosa da nossa parte ou o desprezo para com os menos dotados. Em vez disso, deveríamos reconhecer que essas bençãos constituem dádivas a serem empregues para trazer honra e glória ao Doador, e beneficiar os nossos semelhantes.
Deus concede, em vários graus, dons e talentos a cada pessoa - e isso inclui-o a si e a mim (ver I Coríntios 12:4). Demonstremos, pelas nossas acções, que reconhecemos a verdadeira Fonte dos nossos dons, usando-os para a glória de Deus e o bem dos outros.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
GRITE BEM ALTO
Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a tua voz como a trombeta, e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacob os seus pecados. Isaías 58:1
Rowland Hill, evangelista conhecido pela sua veemência e voz poderosa, estava a pregar, certa noite, em Wotton-under-Edge, Inglaterra, quando alguns rapazes marginais começaram a troçar dele. Depois da reunião, alguns dos sóbrios 'pilares' da igreja censuraram Hill por estar impregnado com a exuberância da sua própria verbosidade (ver Actos 26:24).
Impassível diante da crítica, Hill falou bem alto na reunião seguinte:
- Cuidado! Não estou a brincar. Vocês podem rir de mim e chamar-me fanático, mas não o sou. Digo palavras verdadeiras e sóbrias. Um dia, quando pela primeira vez vim para esta região do país, aconteceu que eu estava a caminhar pela pedreira nos arredores da cidade, justamente quando as bordas da pedreira cederam e sepultaram três dos homens. Gritei tão alto por socorro, que fui ouvido na cidade, a um quilómetro e meio de distância. O socorro chegou e, graças a Deus, dois dos três infelizes homens foram salvos da morte certa. Naquela ocasião, ninguém me chamou fanático. Porque, então, alguns de vocês me acusam de estar a ser muito veemente, quando eu vejo pobres pecadores no caminho da perdição, e aponto os seus pecados, implorando que corram para Cristo e abandonem os maus caminhos?
A crítica e a troça acabaram.
As pessoas geralmente percebem a diferença entre alguém que revela interesse genuíno na salvação de pecadores e um hipócrita pomposo que usa um palavreado bombástico contra o pecado mas que não vê ou atenua sequer os defeitos do seu próprio carácter. Quando o Senhor pede que alguém grite bem alto e não se detenha, Ele não encarrega essa pessoa de assumir uma atitude 'sou-mais-santo-do-que-tu'. Pelo contrário, Deus detesta essa postura (ver Isaías 65:5). Uma pessoa chamada para a função de apontar pecados reflectirá Cristo na sua vida. O seu alvo estará sobre Cristo, a única esperança do pecador. Em vez de pretender estar acima do pecado, essa pessoa reconhecerá com humildade, por acções e palavras, que é apenas um pecador no processo da salvação.
Rowland Hill, evangelista conhecido pela sua veemência e voz poderosa, estava a pregar, certa noite, em Wotton-under-Edge, Inglaterra, quando alguns rapazes marginais começaram a troçar dele. Depois da reunião, alguns dos sóbrios 'pilares' da igreja censuraram Hill por estar impregnado com a exuberância da sua própria verbosidade (ver Actos 26:24).
Impassível diante da crítica, Hill falou bem alto na reunião seguinte:
- Cuidado! Não estou a brincar. Vocês podem rir de mim e chamar-me fanático, mas não o sou. Digo palavras verdadeiras e sóbrias. Um dia, quando pela primeira vez vim para esta região do país, aconteceu que eu estava a caminhar pela pedreira nos arredores da cidade, justamente quando as bordas da pedreira cederam e sepultaram três dos homens. Gritei tão alto por socorro, que fui ouvido na cidade, a um quilómetro e meio de distância. O socorro chegou e, graças a Deus, dois dos três infelizes homens foram salvos da morte certa. Naquela ocasião, ninguém me chamou fanático. Porque, então, alguns de vocês me acusam de estar a ser muito veemente, quando eu vejo pobres pecadores no caminho da perdição, e aponto os seus pecados, implorando que corram para Cristo e abandonem os maus caminhos?
A crítica e a troça acabaram.
As pessoas geralmente percebem a diferença entre alguém que revela interesse genuíno na salvação de pecadores e um hipócrita pomposo que usa um palavreado bombástico contra o pecado mas que não vê ou atenua sequer os defeitos do seu próprio carácter. Quando o Senhor pede que alguém grite bem alto e não se detenha, Ele não encarrega essa pessoa de assumir uma atitude 'sou-mais-santo-do-que-tu'. Pelo contrário, Deus detesta essa postura (ver Isaías 65:5). Uma pessoa chamada para a função de apontar pecados reflectirá Cristo na sua vida. O seu alvo estará sobre Cristo, a única esperança do pecador. Em vez de pretender estar acima do pecado, essa pessoa reconhecerá com humildade, por acções e palavras, que é apenas um pecador no processo da salvação.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
DESPREZADO
Tenho a certeza de que se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me receberá de braços abertos. Salmo 27:10 (A Bíblia Viva)
Eu tinha uns 9 anos quando o meu pai me contou que eu não tinha sido 'um erro'; eu tinha sido desejado. Essa garantia deu-me um sentimento de segurança que é difícil descrever. A mesma coisa aconteceu com o meu irmão. Uma verdade trágica é que muitas crianças não apenas deixam de receber essa certeza, mas ficam a saber que simplesmente não foram desejadas.
No seu livro Come Before Winter (Venha Antes do Inverno), Charles R. Swindoll fala de um telefonema que recebeu uma noite. Era de uma jovem rejeitada. Ela tinha sido 'um erro'. Os seus pais não a quiseram quando nasceu, colocaram-na num lar de crianças abandonadas e procuraram sair da vida dela. Quando chegou a adolescência, a jovem de algum modo conseguiu localizar os pais e foi ao encontro deles - só para descobrir que eles não estavam minimamente interessados em tê-la por perto.
Um dia, informaram-na que iriam adoptar um bebé (menino) e começar uma vida nova, deixando claro que ela não fazia parte dos seus planos. Ela ficou desolada. Pateticamente, ameaçou ir-se embora, esperando talvez que eles mudassem de ideias. Não mudaram. A reacção insensível daquele pai foi oferecer-lhe ajuda para arrumar a mala. Passando das palavras para a acção, ele arrumou as roupas dela numa mochila, deu-lhe um saco de dormir, pôs-lhe uma nota de dez dólares na mão e disse-lhe adeus.
Swindoll ficou à espera de obter outras informacções sobre a jovem, para poder ajudá-la, mas ela nunca mais disse nada. Quando se despediu ao telefone, ele chorou. Quem não choraria? Bem, aparentemente alguns pais não fariam isso. Mas um dia Deus trará esses pais a juízo (ver Eclesiastes 12:14).
Como podem certos pais tratar as crianças, que nem sequer pediram para nascer, da maneira como aquela jovem foi tratada? Devia ser sobre isso que Isaías estava a falar, quando disse que algumas pessoas se escondiam dos seus semelhantes (Isaías 58:7).
Vivemos numa época em que pais, e até mães, deitam fora os seus filhos. Mas há esperança! Esse filhos podem consolar-se com o facto de que, se forem rejeitados pelos pais, o Senhor os adoptará como Seus filhos! (Ver Isaías 49:15.)
Eu tinha uns 9 anos quando o meu pai me contou que eu não tinha sido 'um erro'; eu tinha sido desejado. Essa garantia deu-me um sentimento de segurança que é difícil descrever. A mesma coisa aconteceu com o meu irmão. Uma verdade trágica é que muitas crianças não apenas deixam de receber essa certeza, mas ficam a saber que simplesmente não foram desejadas.
No seu livro Come Before Winter (Venha Antes do Inverno), Charles R. Swindoll fala de um telefonema que recebeu uma noite. Era de uma jovem rejeitada. Ela tinha sido 'um erro'. Os seus pais não a quiseram quando nasceu, colocaram-na num lar de crianças abandonadas e procuraram sair da vida dela. Quando chegou a adolescência, a jovem de algum modo conseguiu localizar os pais e foi ao encontro deles - só para descobrir que eles não estavam minimamente interessados em tê-la por perto.
Um dia, informaram-na que iriam adoptar um bebé (menino) e começar uma vida nova, deixando claro que ela não fazia parte dos seus planos. Ela ficou desolada. Pateticamente, ameaçou ir-se embora, esperando talvez que eles mudassem de ideias. Não mudaram. A reacção insensível daquele pai foi oferecer-lhe ajuda para arrumar a mala. Passando das palavras para a acção, ele arrumou as roupas dela numa mochila, deu-lhe um saco de dormir, pôs-lhe uma nota de dez dólares na mão e disse-lhe adeus.
Swindoll ficou à espera de obter outras informacções sobre a jovem, para poder ajudá-la, mas ela nunca mais disse nada. Quando se despediu ao telefone, ele chorou. Quem não choraria? Bem, aparentemente alguns pais não fariam isso. Mas um dia Deus trará esses pais a juízo (ver Eclesiastes 12:14).
Como podem certos pais tratar as crianças, que nem sequer pediram para nascer, da maneira como aquela jovem foi tratada? Devia ser sobre isso que Isaías estava a falar, quando disse que algumas pessoas se escondiam dos seus semelhantes (Isaías 58:7).
Vivemos numa época em que pais, e até mães, deitam fora os seus filhos. Mas há esperança! Esse filhos podem consolar-se com o facto de que, se forem rejeitados pelos pais, o Senhor os adoptará como Seus filhos! (Ver Isaías 49:15.)
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